Campo Grande (MS) – O Fórum Deliberativo do MS-Indústria aprovou na quarta-feira (14), a concessão de incentivos fiscais para a instalação de uma indústria de açúcar cristal, açúcar refinado e super-refinado no município de Caarapó, na região sul do Estado.
O investimento empresa Açucareira Energy Ltda será de R$ 21,7 milhões, com previsão de gerar 52 empregos e foi analisado durante a 3ª Reunião do Fórum Deliberativo MS-Indústria no biênio 2017/2018, realizada na Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
“Trata-se de uma empresa que vai se instalar no interior e gerar emprego em um município pequeno. Essa é a lógica que nós estamos buscando para o desenvolvimento industrial do Estado. Ela está calcada na questão do valor adicionado. Nós queremos pegar todos os nossos produtos e adicionar valor”, comentou o secretário Jaime Verruck, da Semagro, que preside o MS-Indústria.
De acoro com o projeto, a Açucareira Energy Ltda vai comprar o açúcar diretamente das usinas de Mato Grosso do Sul. “Já é um novo destino para uma matéria-prima produzida e industrializada no Estado. A partir disso, a indústria deverá produzir cerca de 120 mil toneladas/ ano de açúcar cristal, refinado e superrefinado. Na segunda fase inicia produção de achocolatados. A empresa tem marca própria de produtos varejistas e uma rede de distribuição forte. Numa terceira fase, o açúcar líquido, que é uma tendência que vem ocorrendo no mundo inteiro”, acrescentou o secretário Jaime Verruck.
Cancelamentos
Ainda durante a reunião do Fórum Deliberativo do MS-Indústria foi debatido e aprovado o cancelamento dos incentivos fiscais que haviam sido concedidos a 11 empresas e que não realizaram seus investimentos ou encerraram suas atividades. A medida, inédita no Fórum, é uma prerrogativa que foi dada ao MS-Indústria após a aprovação da lei de convalidação dos incentivos fiscais.
“O cancelamento de incentivos fiscais é uma função nova do MS-Indústria. A nova lei dá essa prerrogativa ao Fórum, algo que até então era somente feito pela Secretaria de Fazenda. O que nós analisamos foram casos de empresários que desistiram de fazer o investimento no Estado e casos em que houve um fechamento dessas unidades. Nenhuma das empresas que teve o incentivo cancelado, estava em funcionamento”, finalizou o secretário Jaime Verruck.