Mato Grosso do Sul alcançou a marca de 1 milhão de hectares de florestas plantadas, se consolidando como o segundo maior produtor de eucalipto do país e o maior exportador de celulose. O Estado tem cenário favorável para expandir sua participação no setor e o Governo trabalha para ampliar a utilização das florestas, diversificando a produção e atraindo mais indústrias.
Além do 1 milhão de hectares em florestas, há 20 mil hectares que já foram financiados pelo FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste) e devem ser plantados nos próximos meses. As florestas são monitoradas via satélite e 65% do total está localizado em um raio de 200 km de Três Lagoas.
Esses dados aliados à capacidade territorial para expansão das florestas fazem de Mato Grosso do Sul referência na produção de florestal de celulose no mundo e um cenário ideal para investimento, com condições extremamente competitivas frente a qualquer país do mundo.
Dentro de um plano de ampliação da base florestal e diversificação do uso da madeira, o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, destaca que o Governo do Estado trabalha para atrair novas empresas que utilizem a produção de eucalipto de várias formas, agregando valor à matéria-prima.
“Temos 200 mil hectares que precisamos buscar mercado e para isso, estamos atraindo empreendimentos que façam uso desse eucalipto, como na área de mineração, biomassa e ainda queremos expandir a questão da madeira, em móveis, palets, buscando indústrias que processem essa madeira”, destaca o secretário.
Dentro desse processo, inaugura em janeiro a primeira fábrica de MDF de Mato Grosso do Sul, instalada em Água Clara. A Green Plac vai atuar na fabricação de estruturas de madeira e de móveis, chapas, placas de madeira aglomerada, prensada e compensada com capacidade de produção de 645 m3 de MDF/dia.
Desafios
Em paralelo a atração de novas empresas, o governo trabalha também para resolver gargalos logísticos e assim, poder avançar em outros quesitos que contribuem para o desenvolvimento da cadeia produtiva. Os principais são pesquisa, questão sanitária, queimadas e logística.
O secretário Jaime Verruck explica que já há uma conversa entre Governo e a Reflore para aperfeiçoar a pesquisa sobres bases florestais. “Estudamos uma parceria com o setor privado e instituições como a Embrapa para desenvolver espécies voltadas para a madeira, celulose, dentro de uma lógica de diversificação”.
Outra questão a ser desenvolvida é a sanitária, começamos uma conversa técnica, mas não temos conhecimento dos riscos sanitários das florestas, nem de como criar barreiras sanitárias, para não ter riscos futuros. Ainda há a preocupação com o risco de incêndios, que sempre geram muitos prejuízos aos produtores.
Titular da Semagro, Jaime Verruck destaca ainda a dificuldade com a logística, um grande gargalo estadual. Ele sugere focar em problemas específicos, como trechos de rodovias federais, estaduais e as vicinais, por onde há dificuldade de transporte.
Fotos: Divulgação Celulose Online