Em novembro, chuvas acumuladas ultrapassam os 750 mm. Projeção é de queda na produtividade das lavouras de soja. Produtores não conseguem entrar nas áreas para realizar os tratos culturais. Clima é favorável ao aparecimento de doenças nas plantações. Agricultores buscam alternativas para equilibrar os custos de produção para a safrinha de milho.
Segundo o produtor rural, Roger Alberto Bolsoni, além da alta umidade que impede os tratos culturais e favorece o desenvolvimento das doenças, a falta de luminosidade também é um fator preocupante neste ano.
“Nós não conseguimos quantificar ainda, mas que teremos redução de produtividade isso é certeza. As lavouras visualmente estão bonitas, mas se observarmos em termos de pegamento da florada, quantidade de vagem, já notamos uma quantidade menor do que normalmente teria”, explica o produtor associando esse fator a falta de luminosidade.
Normalmente, para apresentar um crescimento vigoroso, as lavouras dependem de altas temperaturas com oferta abundante de chuvas. No entanto, outras condições climáticas exercem grande influência em conjunto, com reflexos positivos ou negativos na lavoura. Ou seja, nesta safra, a luminosidade está resultando em plantas com um crescimento vegetativo menos vigoroso, em decorrência da baixa oferta de luz.
Por outro lado, a soja é uma espécie com grande capacidade de compensação, de tal forma que esse efeito ocorrendo na fase inicial poderá não resultar em significativas reduções na produtividade de grãos.
Assim, mesmo com o grande volume de chuvas, a Aprosoja MS divulgou nesta semana a estimativa de produção para a safra 2015/16. De acordo com o levantamento a previsão é que a produção supere 7,3 milhões de toneladas do grão, acréscimo de 6% frente 2014/15.
No entanto, segundo Bolsoni na região de Tacuru (MS) a produtividade média é de 50 a 55 sacas por hectare, mas nesta safra a perspectiva é de redução neste rendimento, haja vista os problemas climáticos e a possibilidade de maior incidência de doenças, principalmente a ferrugem asiática.
Bolsoni conta que nós últimos dias o tempo voltou a abrir na região, sendo possível realizar controles de pragas e doenças. “As aplicações estão atrasadas, onde era para estar na segunda aplicação de fungicida ainda não foram feitas nem a primeira, então muitos estão utilizando de aplicação aérea para tentar minimizar o ataque da doença”, explica.