A equipe da Secretaria de Produção e Agricultura Familiar (Sepaf) reuniu-se na terça-feira (23) para tratar do programa de recuperação de pastagens degradadas que o Governo do Estado deve lançar nos próximos dias.
Depois de reunir um grande numero de instituições ligadas ao setor produtivo para discutir o Programa, manter constantes encontros com as secretarias da Fazenda e do Meio Ambiente para apreciação conjunta dos incentivos, o Secretario Dr. Fernando Mendes Lamas e seu Adjunto, Jerônimo Alves, reuniram a equipe da Secretaria para examinar as contribuições e dar acabamento ao programa que prevê a recuperação de dois dos nove milhões de hectares de áreas degradadas que existem em Mato Grosso do Sul.
Os incentivos para inserção dos produtores, o sistema de cadastro, a coordenação das ações e a integração com as instituições para o funcionamento do programa foram colocados na pauta e a conclusão a que se chegou o Secretario é que ainda há ajustes a serem feitos para seu lançamento, mas os encaminhamentos estão dentro do prazo.
O programa é uma das prioridades do Governo que consciente da forte vocação agrícola do Estado, destacada posição no cenário nacional – tendo produtividades de soja e milho próximas da média do País – assume a missão de dar celeridade e ritmo ao crescimento da produção e da produtividade de grãos e carnes, apoiando os projetos que podem vir a servir de modelo para outros Estados, como este.
Gerido pela Sepaf, em parceria com instituições mais diretamente ligadas ao setor agropecuário, o programa é formatado com base nas recomendações do zoneamento ecológico econômico do Estado e, por consequência, nas diretrizes apresentadas pelo governador Reinaldo Azambuja.
Quando pesquisas dão conta de que para suprir a demanda em 2050 – quando a população mundial poderá chegar aos nove bilhões e será preciso ampliar em 100% a capacidade de produção – torna-se imprescindível a realização de um trabalho continuo de recuperação de áreas degradadas. Assim, acreditando que o Estado deve fazer a sua parte, com planejamento sério e ações continuas, o estimulo a prática de sistemas de: Integração Lavoura Pecuária (ILP), Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) e Integração Pecuária Floresta (IPF) se mostram carros chefes do programa.
Esses sistemas se mostram ainda mais oportunos, quando avaliados os números apresentados pela Embrapa, que dão conta de que a capacidade de ampliação de área do País é de apenas 29% e os resultados de recente pesquisa deste instituto, que apresenta uma ampliação em cinco vezes da lotação animal em solo recuperado com a técnica de ILP. E ainda quando observadas às questões ambientais e de preservação que a cada dia tornam a ampliação de áreas um tema cada vez mais complexo.
Paralela às ações executadas diretamente no campo, o Governo deve anunciar quando do lançamento do programa, uma série de medidas, que irão colaborar para o cumprimento da meta, como: a recuperação e manutenção da malha viária, ampliação de unidades armazenadoras, viabilização de patrulhas mecanizadas, possíveis incentivos fiscais e assistência técnica continuada, entre outras.
Resultados
O Governo do Estado espera obter, do ponto de vista econômico, um incremento a produção, do ponto de vista ambiental, a redução da emissão de gases de efeito estufa e do ponto de vista social, a geração de empregos, qualificação de mão de obra, ampliação da renda nas propriedades rurais e melhoria da qualidade de vida da população de um modo geral.
Ainda se encontra em fase de detalhamento, a forma como serão executadas algumas ações de implementação do programa, como a mobilização dos produtores para apresentação das vantagens, cadastro e habilitação destes através de sistemas que ora vem sendo estruturados.