Campinas, 05 de Janeiro de 2017 – A despeito do ano desafiante para o comércio externo, as exportações de carnes tiveram bom desempenho em 2016, porquanto os embarques de carne bovina se mantiveram estáveis (redução de apenas 1,5 mil toneladas), os de carne de frango cresceram quase 2% e os de carne suína explodiram, ficando um terço maiores que os de 2015.
O que, definitivamente, não tem colaborado é o preço médio obtido pelas carnes no mercado internacional. A FAO confirma, indicando (dados preliminares) que em 2016 seus preços recuaram ao menor patamar dos últimos oito anos. E o Brasil, um dos principais players do setor, acompanhou. Ou influenciou. Mais sensível no caso brasileiro foi a queda de preço da carne suína: redução superior a 20% em relação a 2015. Já a carne bovina sofreu redução próxima de 10%, enquanto a de frango – a mais negociada internacionalmente e a mais exportada pelo Brasil – teve seu preço médio reduzido em quase 6,5%. Uma vez que o embarque da carne bovina permaneceu estável e o da carne de frango teve expansão modesta, a receita cambial por ambas gerada fechou negativamente em relação a 2015. Já o fortíssimo aumento de volume da carne suína neutralizou a sensível redução de preço e, com isso, o produto foi o único a registrar aumento na receita cambial: +15,5%. Com esses desempenhos, quem mais perdeu participação na pauta cambial das carnes no exercício passado foi a carne bovina, cuja participação recuou de cerca de 39% para pouco mais de 37%. Opostamente, o maior ganho foi o da carne suína – de menos de 10% para mais de 11,5%. De sua parte, a carne de frango praticamente manteve a participação anterior, continuando a responder, isoladamente, por mais da metade (51,06%) da receita cambial das carnes. |
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(AviSite) (Redação) |