Campo Grande (MS) – A Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e representantes do setor produtivo de Mato Grosso do Sul se reuniram nesta quinta-feira (07) com a Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste) para apresentar propostas e diretrizes para o FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) em 2019.
O encontro acontece anualmente como forma de ouvir as demandas dos produtores do Estado, para que o fundo de financiamento contemple o máximo de empreendimentos. Após a apresentação de cada instituição, as propostas serão analisadas pela Sudeco/Condel, que decide quais vão entrar em vigor no próximo ano.
Edmilson Alves, diretor de Implementação de programas e gestão de fundos da Sudeco, ressaltou a importância do fundo para a geração de emprego e renda em Mato Grosso do Sul. “As vezes ouvimos que o Centro-Oeste não precisa do recurso, mas se temos bons resultados é justamente por que funciona bem, isso graças ao empenho de todos vocês, que trabalham para que a linha de crédito se aproxime da realidade das pessoas”.
De acordo com Sinval da Mata Junior, do Banco do Brasil, Mato Grosso do Sul é o Estado que mais cresceu em 2017, com 51% de aumento nas contratações do ano passado, resultado justificado pela pujança do agronegócio, que foi o grande tomador de recursos no ano passado. Das 9.800 operações realizadas pelo Estado em 2017, mais de 3 mil foram do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar).
Para 2018, o representante da Sudeco afirma que só principais desafios são contratar operações nos 79 municípios do Estado, com 51% das aplicação em projetos de menor porte, aplicando recursos em turismo, incentivando projetos de preservação ambiental e fontes alternativas de energia, além de incentivar projetos que contribuem para a redução das desigualdades regionais e, por fim, manter contratações acima de 90% do total de recursos disponíveis.
Presidente do CEIF titular da Semagro, o secretário Jaime Verruck, destaca que é necessário mudar e mostrar que o FCO tem diretrizes e está focado na resolução de problemas, atendendo a demandas de todas as classes. “Ele precisa ser percebido como uma programa de desenvolvimento, que é o seu real objetivo, subsidiar empreendimentos e ações que contribuem para geração de emprego e renda do Estado”.
Durante a reunião, representantes da Famasul, Fiems, Sebrae, Semagro e BRDE puderam apresentar suas propostas. Diretor corporativo da Fiems, Claudio Alves destacou que esta reunião é uma etapa acertada do governo federal. “O caminho certo, é ouvir as necessidades igual foi colocado: regionais, nós que estamos no centro-oeste, as nossas necessidades podem ser diferentes do Nordeste, que podem ser diferentes do Norte e do Sudeste. Este trabalho é louvável e tomara que continue ouvindo todas as regiões para que a gente encontre soluções para cada uma”.