Campo Grande (MS) – Dentro da programação do 1º Encontro Sul- mato-grossense da Mineração, promovido pelo Departamento Nacional de Produção Mineral de MS, a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), contribuiu com as discussões em palestras ministradas pelo diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Ricardo Éboli, na quinta-feira (15) e do coordenador de Pecuária da Semagro, engenheiro Agrônomo Altamiro Nogueira Barbosa, na sexta-feira (16).
Com objetivo de debater iniciativas e possibilidades de inovação para o desenvolvimento do setor mineral, o superintendente Alexandre Monteiro Rezende, do Departamento Nacional de Produção Mineral de Mato Grosso do Sul (DNPM-MS), encabeçou a realização do evento que colocou juntos, governo e iniciativa privada para um debate amplo que teve na pauta além da importância do setor no Brasil, suas perspectivas, o mapeamento geológico e o cenário no Estado hoje.
Na abertura do evento, ocorrida na quinta-feira (15), o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, afirmou que a realização do encontro “é um momento importante para que possamos definir ações que valorizem o potencial da mineração para o desenvolvimento econômico do Estado. Nós criamos a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva Mineral e fortalecemos o trabalho da MS Mineral. Nosso objetivo é transformar Mato Grosso do Sul em um Estado minerador e a realização deste encontro é fundamental”.
Participação da Semagro
Nos dois dias de Encontro, a Semagro contribuiu no debate com a apresentação de Ricardo Éboli, que colocou em pauta o “Meio Ambiente e a Mineração no MS”, e com a participação de Altamiro Nogueira, que apresentou um panorama do Estado, explanando sobre “Potencial Agropecuário de Mato Grosso do Sul” dentro do painel que discutiu a recuperação de áreas degradadas, e que teve ainda a contribuição do Engenheiro Agrônomo João Pedro Cuthi Dias, Marga Bergmann e do biólogo Fábio Junior Pereira da Silva.
O potencial de Mato Grosso do Sul, que tem 67% de sua área destinada a Agropecuária, está hoje em 3º lugar no ranking Brasileiro de abate, é o quinto maior produtor de grãos do Brasil, 4º maior produtor de milho e é considerado polo mundial de celulose com produção média de 4,3 milhões de toneladas por ano, entrou na pauta do encontro com dados levados por Altamiro, que deu conta do uso e ocupação do solo na safra de verão (2016/17), do trabalho realizado pelo Governo do Estado visando o desenvolvimento Rural, das mudança no uso da terra desde 2010 – com apresentação de mapas de solo e clima das microrregiões de Três Lagoas e Paranaíba – e ainda debateu a pauta de exportação.
Altamiro pontuou algumas das ações realizadas pelo Estado, como o Zoneamento Agroecológico da Bacia do Rio Paraná que, quando concluído, irá disponibilizar um novo mapa de solos e aptidão agrícola de 46 municípios, e a instalação de 17 novas estações meteorológicas, que somando-se às 28 já existentes, colocará a disposição dados de 45 Estações de cobertura no Estado.
Feita a introdução, que colocou os participantes a par dos números do Estado e o trabalho que vem desenvolvendo em consonância com o setor, Altamiro apresentou o programa estadual de recuperação de pastagens degradadas, ‘Terra Boa’, que hoje passa por uma reformulação mas preserva em seu escopo o objetivo de auxiliar na recuperação de pelo menos oito dos dezesseis milhões de hectares de áreas que tem algum tipo de degradação no Estado.
Entre as principais modificações do projeto, Altamiro destacou a ampliação para 33,34% para 66,67% o valor do incentivo fiscal ofertado sobre o ICMS incidente em todas as atividades a serem desenvolvidas após a Reforma da Pastagem, que pode ser realizada com cultivo de pastagem, lavouras de soja e milho e ainda pastagem e floresta.
O superintendente Alexandre Monteiro Rezende, DNPM-MS, agradece a contribuição do Estado no encontro, observando que levando em consideração o Programa de Revitalização da Indústria Mineral Brasileira, lançado pelo Governo Federal que traz em seu bojo um conjunto de três medidas provisórias para atualizar, dar mais competitividade e ampliar investimentos no setor mineral, das quais uma inclusive resultou na criação da Agência nacional de Mineração (ANM), o trabalho pelo setor em Mato Grosso do Sul tende a ficar cada vez mais intenso.
Kelly Ventorim