Campo Grande (MS) – A piscicultura também ganhou uma janela para discussões dentro da maior exposição agropecuária de Mato Grosso do Sul, a Expogrande, na Capital. Prova disso é a reunião realizada nesta terça-feira (12), entre o governador Reinaldo Azambuja, os empresários Luiz Acorci e Luiz Acorci Filho, o diretor-presidente da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), Enelvo Felini. O encontro que foi promovido no gabinete itinerante, nas dependências do stand do Estado.
Com um frigorífico de peixe as vias de ser inaugurado, pai e filho procuraram a Agraer a fim de conseguir um horário com o governador dentro do gabinete itinerante. “A gente veio apresentar o que existe e qual a nossa realidade em Campo Grande. Temos um espaço com cerca de 700 m² de área construída e o que nos falta agora são os equipamentos. Uma parte do maquinário nós podemos viabilizar com recursos próprios, mas para o restante necessitamos da ajuda do poder público”, informou Luiz Acorci.
A proposta sugerida pelo diretor-presidente da Agraer, Enelvo Felini, é de que haja um contato com o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). “Em breve devemos auxiliar os dois piscicultores para falar com a superintendência do Banco do Brasil. Acreditamos que essa possa ser uma boa alternativa”, disse.
Com alguns documentos do projeto em mãos, Azambuja, conversou com os dois piscicultores a fim de saber mais sobre os planos futuros para alavancar o empreendimento e os principais entraves na atividade.
Carência de mercado por fábricas que produzam tanques em rede e até rações para alevinos foram alguns dos apontamentos apresentados na reunião. “Fatores como esses encarecem o peixe regional em relação ao peixe vindo de um estado vizinho. Temos condições de reverter o quadro, considerando que Mato Grosso do Sul tem um excelente potencial hídrico, tecnologia e variedade de peixe”, avaliou a vice-presidente da Iagro,Marina Dobashi.
Segundo Dobashi, tanto a Iagro como a Agraer já possuem atuação dentro do setor. A alternativa, no entanto, é estreitar ainda mais os laços entre os dois órgãos para beneficiar o pequeno produtor. “A Agraer possui capacitações sobre o modo correto de produção, e a Iagro busca repassar as regras sanitárias de abate de peixe. Por essas bases devemos promover um trabalho que nos permita ajudar o pequeno produtor a ser competitivo com o mercado externo”, disse.
A sede do frigorífico está situada em uma das avenidas mais conhecidas da Capital, a Salgado Filho, e assim que estiver em pleno funcionamento, o “Piraquá Pescados” terá capacidade mensal de processar três toneladas de peixe. “A expectativa é abater seis mil quilos de peixe e produzir três mil quilos em filé. Pacu, pintado e tilapia são as espécies escolhidas para a comercialização”.
Ao final do encontro, Reinaldo Azambuja se demonstrou bastante satisfeito com as explicações dos piscicultores e colocou a Agraer e a Iagro na importante missão de direcioná-los ao FCO.
Também esteve presente na reunião o deputado estadual Felipe Orro e o diretor-presidente da Iagro, Luciano Chiochetta.
Aline Lira – Assessoria de Comunicação Agraer/ Fotos: Dunga