De acordo com o presidente do Sindicato Rural do município, Lúcio Damalia, os Governos municipal e estadual não conseguiram resolver o problema, pois as chuvas ainda não deram trégua. “Precisamos de um período de sol para conseguir realizar os consertos nas rodovias”, explica.
Uma das alternativas citadas pela liderança sindical está a utilização de silo bag nas lavouras, para armazenar o grão até que a situação esteja resolvida. “Contudo, com as chuvas, a previsão é que os produtores não consigam colher o grão com a umidade necessária para a estocagem. E em poucas propriedades há secador”, ressalta.
E, por enquanto, as previsões meteorológicas indicam a continuidade das precipitações para a região. O que gera outra apreensão, principalmente em relação à colheita da soja que deve ter início nos próximos 15 dias. Ainda assim, até o momento, a perspectiva é positiva para a produtividade das lavouras, que deve ficar entre 50 sacas até 55 sacas do grão por hectare.
Já em relação às doenças, o presidente ainda destaca que a ferrugem asiática foi identificada na região, porém, não avançou. “Muitos produtores não conseguiram realizar a aplicação de fungicidas e herbicidas no momento certo devido às chuvas. E temos um problema muito grande com percevejo, já as lagartas surpreenderam e a incidência foi menor nesta safra”, diz Damalia.
Comercialização da soja
A saca da soja úmida é cotada próxima de R$ 75,00 em Dourados, valor acima do registrado no ano passado, de R$ 50,00/sc. “Mas temos custos mais altos nesta temporada, então o agricultor deve ter muita atenção no momento de vender o produto”, orienta o presidente do sindicato.