Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados nessa quinta-feira (21), mostram que somente os setores de “serviços industriais de utilidade pública” e a “agropecuária” apresentaram resultado positivo em 2015 na geração de postos de trabalho em Mato Grosso do Sul.
Conforme o levantamento, no ano passado a agropecuária teve 36.273 demissões, mas foram registradas 38.158 contratações, o que resultou em saldo para mais de 1.885 admissões e variação de emprego positiva de 2,83%.
Os bons números se destacam na pesquisa, pois o cenário é negativo para a mão-de-obra em todo país. De acordo com o Ministério do Trabalho, é o pior desempenho do emprego formal dos últimos 24 anos.
Para falar sobre os dados positivos do setor em Mato Grosso do Sul, a produção da TV Morena, afiliada Rede Globo, convidou o Sistema Famasul para participar do telejornal Bom Dia MS desta sexta-feira (22).
Na entrevista, o diretor executivo, Lucas Galvan, atribui os bons números na agropecuária aos constantes investimentos realizados pelo segmento em tecnologia e disseminação do conhecimento.
“O setor vem mostrando resultados positivos ano após ano. Nesta última safra (2014/2015), por exemplo, houve um aumento efetivo na produção de grãos e um resultado ainda melhor na pecuária de corte. Isso se reflete na empregabilidade do setor, tanto que o desempenho do ano não foi expressivo somente para Mato Grosso do Sul. Representou aproximadamente 20% de toda a geração de emprego na agropecuária brasileira”, explicou.
O diretor executivo pontuou, também, o melhor desempenho de contratações no interior de MS. A pesquisa mostra que, dos 79 municípios sul-mato-grossenses, 50 deles, que possuem na agricultura e na pecuária algumas das principais atividades econômicas, contabilizaram mais admissões do que desligamentos no ano de 2015.
“Campo Grande tem um papel importante, mas o centro-sul e o norte do estado contribuíram muito para esse resultado positivo da agropecuária. Mato Grosso do Sul tem uma condição muito favorável ao desenvolvimento da atividade, é a nossa vocação. Somos competitivos diante de outras cadeias e até se nos compararmos com a agropecuária de outros países. Além da tecnologia e do conhecimento, temos um produtor com perfil altamente empreendedor. Ele consegue utilizar as ferramentas tecnológicas que tem ao seu dispor e o conhecimento para transformar momentos de crise, como este, em novas oportunidades”, analisa.
A respeito da mão de obra, Lucas Galvan ressaltou que os investimentos em tecnologia e conhecimento da agropecuária requerem, cada vez mais, colaboradores qualificados e que os trabalhadores que não se prepararem, não se adequarem a esse processo, terão dificuldade em permanecer no emprego e depois em se recolocarem.
Para auxiliar os trabalhadores nesta demanda, o Sistema Famasul, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MS), tem feito um grande investimento em capacitação de mão de obra. Em 2015 foram oferecidos 160 mil cursos em todo estado.
“Temos oferta de capacitações em todos os elos da agropecuária. É a oportunidade desses profissionais de conseguir uma remuneração melhor, de ter uma qualidade de vida melhor. Ao procurar a especialização, procurar o conhecimento, o trabalhador também transforma esse momento de crise em uma oportunidade de crescimento profissional”, conclui.
Fonte: Assessoria de Imprensa Sistema Famasul – Carla Gavilan