Campo Grande (MS) – No dia 5 de junho é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, assunto cada vez mais em voga nos dias atuais. E sua relação com o turismo também, já que a atividade turística inevitavelmente interfere no cenário do meio ambiente. Mas isso não é necessariamente ruim já que o desenvolvimento sustentável e os investimentos feitos de forma responsável podem beneficiar a preservação do meio ambiente, além de promover a conscientização de turistas e comunidades locais.
Mato Grosso do Sul é um dos destinos de referência em turismo sustentável e responsável e cada vez mais preocupado com a preservação do seu meio ambiente, protagonista da atividade no Estado. Ao mesmo tempo em que possui 67% da maior planície alagável do planeta – o Pantanal, MS têm a sua economia baseada na agricultura e pecuária. Neste cenário então, tornam-se cada vez mais importantes as políticas que busquem a integração entre o desenvolvimento econômico e a natureza.
Uma das políticas adotadas no estado é de que toda propriedade rural deve se adequar de acordo com a legislação vigente, aliando o planejamento das suas atividades econômicas desenvolvidas localmente com o planejamento ecológico. Um dos exemplos dessa política é que todas as propriedades devem possuir Reserva Legal (RL) e Área de Preservação Permanente (APP) de pelo menos 20% de seu total, além de terem que se adequar a etapas como Georreferenciamento da propriedade, Recuperação de Áreas Degradadas e projetos de conservação de solos, Criação de Unidades de Conservação, além da possibilidade de transformá-las em Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). O Estado do Mato Grosso do Sul, constituído pelos biomas Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica, conta atualmente com 11 Unidades de Conservação Estaduais.
Diante disso, várias propriedades viram no turismo uma forma de aliar sua base econômica à atividade turística sustentável e muitas vezes voltada para a educação ambiental. É o caso do turismo rural, ecológico e de contemplação desenvolvido em várias fazendas sul-mato-grossenses que, além de mostrarem aos seus visitantes a natureza e animais da região, proporcionam ao turista viver as atividades diárias das fazendas. Também são ministradas palestras sobre os projetos de preservação desenvolvidos, com foco sustentável.
Além do Pantanal, destaca-se a região turística Bonito – Serra da Bodoquena, que busca a preservação ambiental com a exploração responsável do turismo. Um dos exemplos é o Voucher Único, sistema desenvolvido pelo município de Bonito para monitoramento de capacidade de carga e que é modelo no mundo todo. A região é referência no turismo de natureza e ecoturismo e conquistou por 14 vezes o título de “Melhor Destino de Ecoturismo do Brasil” através de escolha do leitor da Revista Viagem e Turismo, da Editora Abril. Bonito também recebeu o prêmio de “Melhor Destino de Turismo Responsável do Mundo” – World Responsible Tourism Awards, entregue em Londres, durante o World Travel Market (WTM) em 2013, um dos maiores eventos de turismo do mundo.
Conforme o Art. 225 da Constituição Federal, todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. E é através de ações que envolvem o poder público, empresários do trade turístico, população local e turistas, Mato Grosso do Sul trabalha dia-a-dia para que o turismo seja um aliado na preservação do meio ambiente.
Débora Bordin – Assessoria de Comunicação da Fundação de Turismo de MS / com informações da SEMADE e REPAMS