As despesas com insumos somam 59,4% do custo de produção para o ciclo 2016/2017. Dos R$ 3.347 a serem desembolsados por hectare, conforme as primeiras previsões, R$ 1.989 são apenas sementes, fertilizantes e defensivos.
As projeções são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e levam em consideração a taxa de câmbio no valor de R$ 3,88. Vale ressaltar que a maior parte dos insumos são cotados na moeda norte-americana.
Somente com sementes os produtores deverão desembolsar no ciclo 2016/2017 em média R$ 228,47, já com fertilizantes R$ 826,73 e com defensivos R$ 933,92.
“A principal variável de impacto, assim como na safra 15/16, é a desvalorização do real. Ao avaliar o impacto do dólar sobre o custo da safra 16/17, verifica-se que, caso a taxa de câmbio média da safra 15/16, de R$ 3,01/US$, fosse a mesma na safra 16/17, o custo total atingiria o valor de R$ 2.804/ha. Essa diferença de R$ 543/ha, significaria R$ 10,33/sc a menos caso fosse considerada na safra 16/17 a mesma produtividade aguardada para a safra 15/16, de 52,6 sc/ha. Mesmo não tendo se iniciado ainda as comercializações dos insumos da safra 16/17, percebe-se que o peso do dólar deve ser maior e, por isso, os riscos aumentam. Mesmo sendo cedo para traçar o rumo da safra que deve ser semeada só no ano que vem, as cortinas se abrem com um cenário ainda mais delicado”, explica o Imea em seu Boletim Semanal da Soja, divulgado nesta segunda-feira, 23 de novembro.
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