Ocorreu no dia 25 de outubro o Encontro de Gestores, no Espaço La Zucca, em Campo Grande, MS, reunindo dados de 184 fazendas, totalizando um rebanho de 755.000 animais e uma área de 774.000 hectares (ha) em 16 Estados e dois países (Bolívia e Paraguai). A maioria do público era formada por pecuaristas de dez Estados (GO, MG, MS, MT, RO, RS, RR, RS, SP e TO) e do Paraguai.
A plataforma foi bem superior à apresentada na primeira edição, em 2009, quando a consultoria Terra Desenvolvimento Agropecuário divulgou os dados de 30 propriedades atendidas por seus técnicos. Este conjunto, na época, totalizava 53.470 ha e um rebanho de 64.750 bovinos em quatro Estados (MS, PR, SP e RO) e no Paraguai.
Mas, além do universo avaliado, também os desempenhos mudaram. E de forma significativa. Em sete anos, a média do ganho médio diário (GMD)global, por exemplo, subiu de 0,307 kg para 0,414 kg e a média da produção de carne/ha saltou de 5,8 arrobas (@) para 8,9@. Na avaliação de alto desempenho, a fazenda com melhor índice em GMD em 2009 chegou a R$ 0,419 kg. Já a média das 10% melhores propriedades neste indicador em 2016 atingiu 0,628 kg. Na mesma comparação, a produção de carne/ha subiu de 12,7@ para 18,9 @.
Em 2016, as fazendas, com diferentes sistemas produtivos, foram avaliadas em até 88 indicadores.
Além de referências clássicas da pecuária como “taxa de desfrute”, “peso ao desmame” e “taxa de lotação”, os consultores desmembraram mensurações de itens e incluíram alguns ainda não muito comuns para o acompanhamento do pecuarista, como “precipitação anual (mm)”, “relação cabeça/ homem campo (funcionários)” e “investimento em infraestrutura por ha/ano”.
Para um trabalho tão minucioso, foi criado, em 2015, o Instituto Terra de Métricas Agropecuárias (Inttegra), comandado pelo zootecnista Antonio Chaker El-Memari Neto. A Terra Desenvolvimento, com isso, passou a ser uma empresa master franqueada do instituto, responsável pelo encaminhamento dos dados das propriedades que são tabulados, medidos e comparados pelo Inttegra.
Para a grande maioria dos indicadores, o Inttegra calculou as médias de desempenho de todas as 184 fazendas, das 30% mais rentáveis (top rentáveis _ que melhores resultados financeiros conseguiram) e das 30% melhores em cada indicador (top indicadores). A novidade este ano foi o cálculo do índice potencial deste último grupo. Alguns foram relatados pelo diretor do Inttegra em sua apresentação em Campo Grande. Outros não haviam sido estatisticamente concluídos até então.
De acordo com Neto, se trata de índices possíveis de serem obtidos, calculados com base estatística. Ele cita, como exemplo, o indicador “mortalidade de bezerros”, que variou entre 4,2% (média das fazendas), 2,6% (top rentáveis) e 2% (top indicadores). “O índice potencial, neste caso, foi de 1,1%, fração com boa probabilidade de ser obtida, uma vez que não se trata do melhor número.
Fonte: Revista DBO (a reportagem completa está na edição de número 433 da revista), resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.