Os dados relativos à produção brasileira de ovos de galinha, divulgados na semana passada pelo IBGE, apontam que o volume total levantado para o primeiro trimestre de 2016 – quase 750 milhões de dúzias pelos resultados preliminares – teve por origem 1.711 estabelecimentos com plantel superior a 10 mil cabeças (ou seja, o número levantado não corresponde ao total da produção brasileira).
Em seu levantamento, o IBGE também indica a especialidade desses estabelecimentos (ovos para consumo humano ou incubação), individualizando os respectivos volumes produzidos. Aponta, assim, que mais da metade deles (56%) produziram ovos de consumo que, por sua vez, representaram mais de 76% da produção total levantada.
Portanto, dedicam-se à produção de ovos para incubação menos de 44% dos estabelecimentos informantes, cuja produção – “em sua maior parte destinada às criações de frangos de corte”, conforme o IBGE – corresponde a menos de um quarto (23%) do volume total produzido.
O primeiro levantamento do gênero foi divulgado um ano atrás, nesta mesma ocasião (vide “Levantamento do IBGE agora individualiza ovos férteis e de consumo). Os números preliminares de então mostravam que, do total de granjas levantadas, 39% se dedicavam à produção de ovos férteis e respondiam por pouco mais de 24% da produção total.
Como, aparentemente, o IBGE não atualizou aqueles números, na tabela abaixo, como exercício, o AviSite fez essa atualização em relação ao volume produzido e manteve os percentuais divulgados um ano atrás. O que se conclui é que caiu o número de granjas dedicadas à produção de ovos comerciais – aqueles destinados ao consumo humano.
Assim, o número de estabelecimentos do gênero recuou 2,34%, o que significou queda de quase 8% na participação do total de estabelecimentos produtores. Isso, porém, não significou redução da produção que, pelo contrário, apresentou expansão (+7,29%) superior à média do conjunto (+6,01%).
Claro, tais resultados significam, em contrapartida, que o número de granjas produtoras de ovos para incubação aumentou, mas o volume de ovos delas proveniente apresentou evolução inferior à média.
Efetivamente, os índices projetados sugerem que o número de estabelecimentos produtores de ovos férteis pode ter aumentado cerca de 20%, enquanto o volume por eles produzido apresentou incremento de apenas 2%.
Feitas as contas a partir dos parâmetros adotados, observa-se que a produção média por estabelecimento aumentou perto de 10% entre aqueles dedicados aos ovos comerciais e caiu quase 15% entre os estabelecimentos que produzem ovos para incubação.
(AviSite) (Redação)