Campo Grande (MS) – Mato Grosso do Sul chegou a dezembro com R$ 1,8 bilhão contratados no FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste). O valor é recorde, mas o Governo do Estado e o Banco do Brasil estão otimistas de que os financiamentos somem R$ 2,1 bilhões até o fim do ano.
Neste ano, o Estado disponibilizou R$ 2,3 bilhões em recursos do FCO para contratação, mesmo valor aprovado pelo Comitê Técnico do Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/Sudeco) para 2018, que garante a continuidade dos investimentos em Mato Grosso do Sul.
Nesta semana o Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis pelo FCO (CEIF-FCO) fez a reunião ordinária de dezembro, consolidando o valor de R$ 1,8 bilhão contratado em operações do Banco do Brasil, BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) e Sicredi.
De acordo com o titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e presidente do CEIF, Jaime Verruck, é possível afirmar que há uma tendência maior de contratações do setor rural, com prioridades para recuperação de pastagens, construção de armazéns e avicultura.
“Vemos claramente que os recursos do FCO têm um papel relevante para suprir o déficit de armazenagem de grãos que há no Estado, com várias contratações nessa área. Além disso, vemos o crescimento da avicultura, com recursos investidos em aviários dark house, o mais moderno”, afirma o secretário.
A reunião desse mês também definiu o calendário de reuniões para 2018, que terá foco em antecipar as ações para agilizar as contratações no início do ano, já que a realização da Copa do Mundo e as eleições devem alterar a rotina do segundo semestre.
Demandas
O Governo de Mato Grosso do Sul se posicionou contra a proposta do Ministério da Fazenda de alterar a metodologia de cálculo dos juros do FCO, passando a usar a TLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), que pode variar mês a mês. Mais que isso, o Fórum do Brasil Central de 2017 também se posicionou oficialmente contra a mudança.
“Essa fórmula é bastante complexa e nós somos contrários. O recorde se dá justamente por ser uma taxa competitiva e menor, não há sentido mudar isso”, disse o secretário Jaime Verruk.
O Governo ainda articula para a redução da taxa de juros do setor rural ainda este ano, por acreditar que essa alteração precisa ser feita.