Campo Grande (MS) – Com a aprovação dos parlamentos dois seis Estados que integram o bloco do Brasil Central – Mato Grosso do Sul (lei publicada no Diário Oficial desta segunda-feira, 9), Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Distrito Federal – o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central terá um aporte anual de R$ 11,4 milhões que vão propiciar execução de projetos em benefício dos cerca de 20 milhões de habitantes da região.
A Câmara Legislativa do Distrito Federal e as Assembleias Legislativas dos demais Estados aprovaram a criação do Consórcio com a contribuição anual de R$ 1,9 milhão, por Ente Federado. A sede da entidade, por decisão dos Chefes dos Executivos Estaduais, será Brasília (DF).
No escopo do projeto aparece como finalidade do Consórcio o desenvolvimento econômico e social do Brasil Central, de maneira sustentável e competitiva; na questão agropecuária o desenvolvimento de politicas para a ampliação da produtividade da pequena e média propriedade, com ênfase no assessoramento técnico, base para a emergência e fortalecimento de uma nova classe média rural.
A elaboração de politicas que proporcionem a ampliação da produção industrial dos Estados, bem como o aprimoramento do ensino básico e profissionalizante para melhor capacitar os estudantes, também figuram entre os objetivos.
Há ainda uma preocupação especial dos governadores Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul), Rodrigo Rollember (Distrito Federal), Pedro Taques (Mato Grosso), Marconi Perillo (Goiás), Marcelo Miranda (Tocantins) e Confúcio Moura (Rondônia), com questões de empreendedorismo, inovação, com o fortalecimento do sistema de ciência e tecnologia nos Estados, e com o meio ambiente, com ações que visem o aprimoramento do licenciamento ambiental e o desenvolvimento de instrumentos de planejamento e gestão ambiental em apoio ao desenvolvimento sustentável da região do Brasil Central.
Números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que o IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios) do Brasil Central (0,739) é superior à media nacional (0,727). O PIB Per Capita (Produto Interno Bruno por indivíduo) também é 23,32% superior ao restante do país.
Com uma área de mais de 2 milhões de km², ou 25% do território nacional, o Brasil Central responde por quase 12% (11,27%) da riqueza gerada no país. Além de ser responsável por 50% da produção de grãos de todo o Brasil e 42% do rebanho bovino nacional.
Números como estes, somados à gargalos de logísticas e déficits de infraestrutura comuns aos seis Estados, fazem do Consórcio de Desenvolvimento do Brasil Central um instrumento inovados e revolucionário em benefício não apenas dos Estados que o compõem, mas de todo o país.
Matéria Ludney, Foto: Chico Ribeiro