Campo Grande (MS) – Todos os procedimentos do licenciamento ambiental para construção da ponte sobre o rio Paraguai, ligando os municípios de Porto Murtinho (Brasil) e Carmelo Peralta (Paraguai), já foram concluídos e a licença também já foi emitida, conforme informações da empresa Prosul, Projetos, Supervisão e Planejamento, que conduziu os estudos. A assinatura para início das obras aconteceu em cerimônia do lado paraguaio, em dezembro do ano passado, com a presença do presidente Mário Abdo Benitez, entre outras autoridades.
Devido ao acordo binacional para construção da ponte, o licenciamento ambiental – tanto de um lado, quanto do outro – ficou a cargo do governo paraguaio, que contratou a empresa Prosul para elaborar os estudos. Mesmo assim, o presidente do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Eduardo Fortunato Bim, em correspondência às autoridades brasileiras e paraguaias, colocou a Diretoria de Licenciamento Ambiental do órgão à disposição para eventual apoio técnico, caso fosse necessário.
A obra está ainda na fase de terraplanagem. A Ponte Bioceânica terá um comprimento de 680 metros, duas pistas de rolagem de veículos de passeio e caminhões, com 12,5 metros de largura, e duas passagens nas laterais, com 2,5 metros cada uma, para o trânsito de pedestres e ciclistas. A obra será feita pelo consórcio Paraguai-Brasil composto pelas empresas Tecnoedill Constructora S.A, Cidade Ltda e Paulitec Construções. O valor contratado é de 616.386.755,744 guaranis, o que equivalia a quase meio bilhão de reais na época da licitação, a serem pagos pela Itaipu Binacional. As empresas vencedoras terão 1.080 dias para concluir o empreendimento.
O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, afirma que a ponte é considerada a principal obra da Rota Bioceânica, que vai possibilitar viagens rodoviárias partindo do Brasil, passando pelo Paraguai, Argentina, até chegar à costa do Oceano Pacífico, no Chile. “Mais que um corredor de negócios, essa rota vai promover a integração em diversas áreas, reduzir as distâncias e transformar Mato Grosso do Sul em um hub logístico, um centro de distribuição de mercadorias”.