Os moradores da comunidade quilombola Furnas do Dionísio, em Jaraguari, e da Área de Proteção Ambiental Baía Negra, em Ladário, já dispõem de salas de tecnologia para fazerem conexão com a Internet na busca de conhecimentos, solução de problemas e todas as facilidades que o mundo digital possibilita. O Projeto Conecta MS, desenvolvido pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) chegou a mais essas localidades, elevando para 31 o número de Salas de Tecnologia instaladas e em funcionamento em comunidades do interior.
Furnas do Dionísio é uma comunidade remanescente de quilombolas e está localizada a 45 quilômetros de Campo Grande, sentido norte. Em uma área de pouco mais de 1 mil hectares vivem 90 famílias cujo sustento advém do cultivo da terra e da exploração do turismo. Produzem rapadura e outros derivados de cana-de-açúcar e farinha de mandioca, além de hortaliças e legumes. Na APA Baía Negra – a única unidade de proteção localizada no Pantanal que agrega a conservação ambiental com a sobrevivência das populações tradicionais – vivem 40 famílias tradicionais em mais de 5,4 mil hectares, em plena planície pantaneira.
Desde o início de março, essas comunidades dispõem com cinco computadores, uma impressora, antena e modem para captar o sinal de Internet via satélite, e ainda um técnico contratado pelo Projeto Conecta MS para auxiliar os moradores na iniciação ao mundo digital.
Com a pandemia, muitas reuniões passaram a ser virtuais, dificultando o acesso da comunidade, fazendo com que a Fundação de Meio Ambiente de Ladário precisasse buscar as mulheres da Associação de Mulheres Produtoras da APA Baía Negra, levar para o centro de Ladário para terem acesso à Internet e computador, participar da reunião e depois devolvê-las à APA Baía Negra.
“Agora que temos Internet na sede, computadores e uma monitora para ajudar, as mulheres vão poder participar das reuniões sem precisar sair da comunidade. Vamos economizar tempo e ter mais autonomia”, economizando tempo e dando mais autonomia para elas, disse Thainan Silva Bornato, integrante da APA Baía Negra.
Atualmente, o projeto conta com 31 salas montadas com recursos da Semadesc em diversas localidades rurais. Além da utilização para comunicação, os locais recebem diariamente moradores das comunidades que buscam conhecimento e capacitação. Os monitores são frequentemente treinados para que eles possam divulgar ações oriundas das políticas públicas do Governo do Estado, além de cursos nas áreas de informática, produção rural e empreendedorismo.