Os preços do milho seguem firmes no mercado interno, informa, nesta segunda-feira (22/2) o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em nota. Com a demanda acirrada pelo grão, os preços encontram mais sustentação em regiões onde o déficit de oferta é maior, como em algumas praças de São Paulo.
“A colheita do milho verão ganha ritmo, mas ainda não é suficiente para enfraquecer as cotações. Com preços elevados e demanda aquecida, o cenário atual é bastante favorável aos produtores e pode resultar em crescimento na área com milho de segunda safra”, informam os pesquisadores, em nota.
Depois de acumular alta de quase 15% em janeiro, o indicador Esalq/BM&FBovespa, que serve de referência para os contratos futuros na bolsa brasileira, tem valorização de 2,34% em fevereiro. A referência baseada em Campinas (SP) fechou a R$ 43,26 a saca de 60 quilos na sexta-feira (19/2). Foi a primeira vez neste mês que o valor superou os R$ 43.
Diante do cenário, os pesquisadores do Cepea não descartam a possibilidade de produção recorde neste ano, superando a safra 2014/2015. Pelo menos por enquanto, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma produção menor na temporada 2015/2016, somadas a primeira e segunda safras.
A expectativa, de acordo com o relatório mais recente, divulgado no início deste mês, é de uma produção total de 83,33 milhões de toneladas, o que representaria uma queda de 1,6% em relação à safra anterior, estimada em 84,67 milhões.
A primeira safra do cereal deve ter queda de 5,8% na mesma comparação, passando de 30,08 milhões para 28,34 milhões de toneladas. Sobre a segunda safra, a Conab acredita em uma safra de 54,99 milhões de toneladas, que seria praticamente estável em relação à anterior (54,59 milhões de toneladas).
G Rural