Campo Grande (MS) – Com mais de 90% da área colhida, a safra de soja 2019/2020 confirma a previsão de recorde e deve fechar acima de 10,5 milhões de toneladas, crescimento de 20,15% em relação ao volume produzido na safra passada. Os dados são do Boletim do SIGA/MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) divulgado nesta terça-feira (24). O Projeto Siga/MS é uma parceria entre a Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), a Famasul (Federação da Agricultura de MS) e a Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja do Estado).
A região Norte e a que está com maior percentual de área colhida: aproximadamente 93,9%. Em seguida vem a região Sul (92,9%) e depois a região Centro (90,6%). Portanto, no próximo boletim a colheita da soja já pode ter se encerrado na maior parte do Estado.
A expectativa inicial era de volume de grãos era de 9,906 milhões de toneladas nessa savra, com uma área de 3,163 milhões de hectares e produtividade esperada, na época, de 52,19 sacas por hectare. Com o andamento da colheita, os primeiros números de produtividade mostraram-se melhores do que as expectativas iniciais, com médias chegando a 55,7 sacas por hectares. Sendo assim a previsão do volume total colhido passou para 10,573 milhões de toneladas.
Na mesma velocidade em que a soja é retirada, o milho ocupa as lavouras. Da área total destinada à cultura na região Centro, 89,5% já havia sido plantada até o início dessa semana. Na região Sul o percentual é de 89,7% da área plantada com milho e na região Norte, com 94,5%, é onde o plantio do milho está mais avançado. Só nos últimos 10 dias foram plantados 375.803 hectares de milho, o que mostra a velocidade dos trabalhos no campo.
Analisando o Boletim do Siga/MS, o secretário Jaime Verruck, da Semagro, destacou as condições climáticas favoráveis para a colheita da soja, que se finaliza. Já com relação ao milho, a umidade do solo não tem sido suficiente em algumas regiões, o que pode atrapalhar a germinação caso não chova nos próximos dias. Mesmo assim, o secretário vê o campo liderando a geração de riquezas no Estado, fator importante para mitigar os efeitos dos abalos na economia causados pela epidemia do Covid-19.