São Gabriel do Oeste (MS) –O Governo do Estado está investindo para reestrururar o Viveiro Maternidade de São Gabriel do Oeste, que produz mudas para recuperar áreas do rio Taquari. Junto com a União e o município, serão investidos cerca de R$ 700 mil no espaço.
Nesta sexta-feira (06) foi assinado, termo de cessão de uso entre a Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e a prefeitura de São Gabriel do Oeste para a utilização de equipamentos necessários para o andamento do viveiro de mudas cultivado no município.
O termo inclui um GPS portátil, uma máquina de lavar tubetes, um condicionador de ar e uma caminhonete L200, que serão utilizados nas ações diárias do viveiro. Por parte do Imasul (Insitututo de Meio Ambiente de MS) serão investidos cerca de R$ 300 mil para modernização restruturação do viveiro.
Titular da Semagro, o secretário Jaime Verruck destaca que há a necessidade de
dobrar a capacidade de produção do viveiro e por isso os investimentos estão sendo feitos. “Esse viveiro faz parte de um grande projeto de recuperação ambiental do rio Taquari e precisamos dar esse apoio ao espaço”.
Secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Roberto Emiliano, explica que esta é uma demanda antiga e que será de extrema importância. “Vamos conseguir reutilizar os tubetes e ajudar a identificar as mudas”.
O Viveiro de São Gabriel do Oeste é o maior produtor de mudas nativas do Estado de Mato Grosso do Sul, sendo referência no Centro Oeste. O apoio do Imasul se incorpora a um amplo programa do governo do Estado visando a recuperação das matas ciliares do rio Taquari, cujas mudas serão fornecidas pelo Viveiro de São Gabriel.
O “ possui área ampla, laboratório de sementes, câmara fria, poço artesiano de alta vazão, casa de germinação e pátios de condução e rustificação de mudas, dotados de rede de irrigação por aspersão, locais de preparação de substratos e depósitos de insumos e equipamentos.
A capacidade atual é desenvolver até 500 mil mudas por ano, mas com a cooperação do Imasul e convênio com a ANA (Agência Nacional das Águas) será submetido a uma adequação física para ampliar essa capacidade até 1 milhão de mudas por ano.
O projeto
O projeto quer suprir a demanda de produção e de terminação de mudas necessárias à recuperação de áreas identificadas prioritárias pelo Imasul, em consonância com o estabelecido pelo corpo técnico da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e pelas onze prefeituras integrantes do Cointa (Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Taquari): Alcinópolis, Camapuã, Corumbá, Costa Rica, Coxim, Figueirão, Ladário, Pedro Gomes, Rio Verde do Mato Grosso, São Gabriel do Oeste e Sonora.
Essa é a ação mais importante do amplo programa do governo do Estado para estancar o assoreamento e recuperar o rio Taquari. Com 801 quilômetros de extensão (nasce no município de Alto Taquari, no Mato Grosso, corta toda região Norte de Mato Grosso do Sul até desaguar no rio Paraguai), o Taquari tem sido fortemente castigado pelos processos erosivos ocorridos há décadas nas regiões altas. Os sedimentos arenosos são arrastados até a planície pantaneira, onde se acumulam, destruindo o leito natural e promovendo o alagamento de extensas áreas.