Campo Grande (MS) – A safra de milho 2020/2021 está com a colheita praticamente concluída em Mato Grosso do Sul, restando pouco mais de 1% das lavouras para finalizar, segundo mostra o Boletim 425 do Projeto SIGA/MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), coordenado pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) junto com a Aprosoja/MS (Associação de Produtores de Soja de MS). Os dados comprovam a estimativa de colheita de 6,285 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 40,8% da previsão feita inicialmente.
Mato Grosso do Sul esperava colher mais de 9 milhões de toneladas de milho nessa safra, tendo como base o aumento da área plantada (que passou de 1,895 milhão de hectares para 2,003 milhões de hectares em um ano) e a possibilidade de se colher até 100 sacas por hectare, volume atingido na safra anterior. Entretanto, no decorrer do ciclo as lavouras sofreram com problemas de origem climática, como chuva de granizo e estiagem na fase de maturação da planta. O resultado foi uma queda brusca na produtividade, que deve ficar em 52 sacas por hectare, em média.
Os técnicos apontam que, em algumas lavouras, foi possível verificar a perda total devido à estiagem e a queda de granizo. Produtores preferem gradear a cultura ao invés de colher, haja vista que o custo com as máquinas torna a operação inviável. As regiões Oeste, Centro, Sul e Sudeste possuem as piores condições das lavouras, e juntas representam mais da metade da área plantada do estado.
Houve queda de granizo no mês de maio que afetou 6.890 hectares em Naviraí, 600 hectares em Amambai e 50 hectares em Coronel Sapucaia. Essas áreas tiveram perda total da área plantada de milho, segundo constataram os técnicos do Projeto SIGA/MS.