Produtores devem ficar atentos ao impacto com excesso ou falta de temporais
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea, Piracicaba/SP) divulgou nesta segunda-feira (16/11) as expectativas com relação às plantações de soja pelo Brasil. Segundo o órgão, as atenções de sojicultores brasileiros devem seguir voltadas ao clima e aos aparecimentos de pragas e doenças, já que as chuvas têm beneficiado o avanço do cultivo nas diferentes regiões produtoras, mas também têm resultado em aparecimento de doenças. Confira o panorama divulgado pelo Cepea:
Sul e sudeste: Na praça de Sorocabana, em São Paulo, o semeio já está na reta final, enquanto na Mogiana produtores passam dos 50% do total da área a ser cultivada. No Paraná as chuvas frequentes e o tempo encoberto têm resultado no desenvolvimento das doenças. O tempo também atrapalha as produções em Rio Grande do Sul e Santa Catarina, já que o excesso de umidade tem impedido os trabalhos de preparação do solo e semeadura. Em Minas Gerais o cultivo está atrasado, devido ao solo seco.
Centro-oeste: No Estado do Mato Grosso, já foi semeada mais de 60% da área de soja, índice menor do que o registrado há um ano: 67% – alguns produtores do norte do Estado já estão inclusive atentos ao ataque de lagartas. Em Mato Grosso do Sul, a baixa umidade fez com que alguns produtores interrompessem os trabalhos à espera de chuva, já que as precipitações verificadas no início da semana passada ainda não foram suficientes. Na região do Rio Verde, em Goiás, as chuvas ainda são irregulares. No entanto, o semeio já passa de 50% do total da área destinada à cultura de soja.
Fonte: Cepea, adaptado pela equipe feed&food.