A China habilitou, na terça-feira (2), nove plantas frigoríficas brasileiras de aves e três de suínos a exportarem carnes para o país, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) na quarta-feira (3).
As novas unidades habilitadas estão localizadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais e foram autorizadas via publicação da Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena (AQSIQ) da China.
Em junho de 2015, uma delegação de técnicos chineses realizou visitas em plantas frigoríficas brasileiras, dentro do processo para habilitar as unidades a exportar para o país asiático.
Em maio de 2015, a China derrubou oficialmente o embargo à carne bovina do Brasil, e a habilitação de novas plantas de carnes suína e de aves também foi intensificada.
“Esta é uma vitória que deverá gerar ainda mais divisas para a cadeia exportadora de aves e suínos do Brasil, em um momento importante para nossa economia”, disse o presidente executivo da associação, Francisco Turra, em nota.
Exportadores brasileiros de carne de frango têm se beneficiado em relação a diversos países concorrentes que registraram casos de influenza avária. O Brasil, que nunca registrou casos da doença, bateu recorde de exportações de carne de frango em 2015 e aexpectativa é de que continue a se beneficiar deste cenário.
As novas habilitações também expandem as oportunidades de comercialização de carnes de frango e suínos pela indústria brasileira, em momento em que o setor sofre com alto custo de produção no mercado interno.
Turra disse à CarneTec, na quarta-feira (3), que o repasse de aumento recente de 50% no custo do milho aos preços da carne será inevitável. “Frente ao momento em que se deu a alta dos preços do insumo, é provável que as elevações aconteçam já nos próximos dias”, disse ele, sem revelar estimativas de aumento.
“A elevação que acontecer será racionalizada para não impactar nos níveis de consumo e no ritmo das exportações”, acrescentou.
Carnetec Por Anna Flávia Rochas