O setor de carne suína brasileiro deverá ter um desempenho positivo em 2016, beneficiado pela desvalorização do real ante o dólar favorecendo a competitividade nas exportações e por um forte consumo doméstico desta proteína animal, avaliam analistas do Rabobank em relatório.
“Preços de grãos em real (moeda brasileira) deverão subir como resultado do impacto do fortalecimento do dólar durante 2016”, avaliam os analistas.
“No entanto, o bom cenário para as exportações de suínos – juntamente com as projeções positivas para o consumo doméstico – devem sustentar mais um ano positivo para a indústria de suínos.”
O Rabobank afirma que apesar do cenário econômico desafiador no Brasil, o consumo de carne suína deve se manter firme durante o primeiro semestre de 2016, diante de uma expectativa de redução na oferta de carne bovina. Os preços da carne suína, porém, deverão ficar apenas “levemente acima” daqueles praticados no quarto trimestre de 2015, diante de um cenário doméstico desafiador e preços internacionais baixos.
Nas exportações, apesar de esperar desempenho positivo, o Rabobank lembra que o Brasil ainda é fortemente dependente do mercado russo, para onde partem 45% de suas vendas externas de carne suína. As vendas para a Rússia continuaram crescendo em 2015, assim como para Hong Kong, segundo principal destino da carne suína brasileira.
A Coreia do Sul autorizou em janeiro deste ano o início das compras de carne suína in natura de fornecedores localizados em Santa Catarina, único estado brasileiro com statusde livre de febre aftosa sem vacinação. A expectativa do secretário da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, Moacir Sopelsa, é de que os embarques para a Coreia do Sul se iniciem no segundo semestre deste ano, conforme informações divulgadas recentemente no site do governo estadual.
Por Anna Flávia Rochas, Carne tec