Campo Grande (MS)- O Governo do Estado, representado pela vice-governadora Rose Modesto, e pelos secretários Eduardo Riedel e Fernando Lamas, junto da equipe técnica da Secretaria de Estado da Produção e Agricultura Familiar reuniram, na manhã desta quarta-feira (16), a cadeia produtiva do setor lácteo para discutir suas demandas.
Representantes das câmaras setoriais, da empresa Lactalis, da Cooperativa Cooplaf, da Universidade Estadual (UEMS), Sebrae, Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), da Prefeitura de Terenos, Sindicato das Industrias Lácteas do Estado e Senar discutiram a organização da cadeia e ofereceram ao Estado uma proposta em forma de programa a ser executado em parceria.
Números apresentados por Wilson Igi, da Famasul, sobre a produção de leite no Estado, indicam que todos os meses mais de 3,6 produtores do Estado abandonam a atividade. Além do alerta, Wilson pontuou ainda algumas das dificuldades que levam a essa situação.
Segundo o Secretário Eduardo Riedel, é dever do Governo oferecer meios para dar maior eficiência às cadeias produtivas e, por isso – na busca por padronizar as ações e conseguir equilíbrio dos incentivos oferecidos – é que, ele estará reunido nesta quinta-feira (17) com os secretários Fernando Lamas (Produção) e Marcio Monteiro (Fazenda) para discutir as diretrizes de cada cadeia. “Faremos um balanço, verificaremos os incentivos ofertados a cada uma e realizaremos um reordenamento a fim de buscar equilíbrio para o caminho, traçado por este Governo, rumo ao desenvolvimento”, completou.
Riedel falou da importância do balizamento trazido pelo grupo, destacando a iniciativa como fundamental para a consolidação de uma parceria que pode trazer sucesso as ações em prol do setor.
Sobre o programa ‘Leite Forte’, desenvolvido pela Sepaf, Riedel comentou ser importante, observando que atualmente ele passa por estudos para uma reformulação, que buscará resultados ainda mais efetivos.
A vice-governadora Rose comentou que recentemente esteve com fornecedores do Estado e espera a data limite dos contratos, outubro de 2016, para discutir alterações. O pedido para que os itens adquiridos pelo Estado sejam fornecidos pela Agricultura familiar é possível de ser atendido, segundo ela.
Sobre a aquisição da produção local para abastecimento dos programas sociais no Estado. Ela afirmou que em 2016, o Ministério deve colocar no planejamento e os entendimentos estão bastante avançados nesse sentido.
Rose ainda falou rapidamente sobre o ‘Projeto Rede Solidária’, encabeçado pela primeira-dama Fatima Azambuja, que também poderá absorver produtos da agricultura familiar e esta em adiantado estágio de formatação.
A vice-governadora esclareceu ainda que atualmente a aquisição de alimentos para as escolas estaduais é feita pela diretora que acaba se distanciando da sua verdadeira função, que é a pedagógica. Rose explicou que, visando corrigir essa distorção, o Governo do Estado estuda centralizar as ações de aquisição e distribuição o que pode contribuir para facilitar ainda mais a aquisição dos produtos da agricultura familiar para este fim.
Riedel complementou a informação explicando que antes de realizar as mudanças no processo dentro das escolas estaduais, a equipe visitou casos de sucesso no Estado do Paraná, onde funciona bem esse tipo de sistema, que tem um eixo totalmente diferente do que o Estado trabalha atualmente.
O secretário Fernando Lamas destacou a importância de todos no empenho por dar encaminhamento às ações que motivarão a próxima reunião lembrando não ser uma tarefa fácil trabalhar pelo fomento em uma atividade onde não há desabastecimento.
Ao mesmo tempo a equipe da Sepaf se comprometeu em levantar dados do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para verificar o que pode ser feito, de imediato.
Ao final, uma nova reunião foi pré-agenda para o próximo dia 24 de setembro, quinta-feira.
Participaram da reunião, além dos membros da Secretaria de Estado da Produção e Agricultura Familiar , da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) e do Senar, Liz Cangussu e Joelson Carmo (empresa Lactalis), Lineu Pasqualotto e Pedro Guervas Filho (Silems), Marcus Vinicius Oliveira (Uems), Mario Luís Pompeo e Lucilha de Almeida (Cooplaf), Pauline Barbosa e Roberta Marca (Sebrae) e Wilson Igi (Sindicato Rural/ Famasul).
Kelly Ventorim – Assessoria de Comunicação da Sepaf