Os Estados em que já houve ocorrência em lavoura comercial são Paraná, Santa Catarina e São Paulo
Dados obtidos pela pesquisadora da Embrapa Soja, Claudine Dinali Seixas, no site do Consórcio Antiferrugem, mostram que já são 20 os focos de ocorrência de ferrugem asiática em lavoura comercial de soja no país. Os registros foram feitos em dois Estados da região Sul e em São Paulo. O Paraná lidera a lista com 10 focos em lavoura comercial e outros 23 em soja guaxa, também conhecida como voluntária – que é aquela que não foi plantada pelo agricultor e pode ter origem de grãos remanescentes da colheita ou de beira de estrada.
Em São Paulo são oito os focos em lavoura comercial e, em Santa Catarina, dois. Em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, até o momento, não se tem notícia de casos da doença a não ser em soja voluntária. Na Bahia, como a semeadura acontece mais tarde, nem mesmo em soja guaxa houve qualquer registro.
A pesquisadora da Embrapa Soja alerta para a necessidade de o produtor ter atenção redobrada quanto a novos casos nesta safra. “Tanto o El Niño como o aumento da soja voluntária tornaram favorável o cenário para a ferrugem se desenvolver. Além disso, o excesso de chuvas dificulta seu controle, sendo essencial fazer a aplicação de fungicidas no momento certo”.
Quanto antes é identificada a ocorrência da ferrugem, mais cedo deve-se iniciar a aplicação. De qualquer forma, Claudine recomenda que não haja excesso de pulverizações e que seja feita rotação de defensivos combinados. “Em uma primeira aplicação o produtor pode optar pela mistura de triazóis com estrobilurinas, depois vir com carboxamidas e estrobilurinas, e assim por diante”.
Entre os três princípios ativos, segundo ela, a carboxamida é o único ao qual o fungo causador da ferrugem asiática ainda não apresentou resistência. “Fazendo o manejo adequado o produtor aumenta a vida útil dos fungicidas e diminui a necessidade de fazer mais aplicações”, afirma.