BIOTA

Os resultados esperados pelo subprojeto BIOTA-MS é a integração dos conhecimentos sobre a biodiversidade do Estado existentes nas diversas ICT’s de MS, bem como a geração de novos conhecimentos obtidos com tais ICTs desenvolvendo pesquisas em rede. Todo este conhecimento será a base o desenvolvimento econômico sustentável. Assim, como resultado final teremos:

  1. ICTs organizadas para trabalhar em rede, maximizando e otimizando os site de de C, T & I de MS;
  2. Base de conhecimento integrada e informatizada visando seu uso para o desenvolvimento econômico sustentável;
  3. Disseminação do conhecimento científico e tecnológico,
  4. Promoção da educação, visando à conservação e a utilização sustentável dos recursos naturais e a formação da cidadania.

São objetivos do Biota-MS: dar suporte à tomada de decisão sobre projetos de desenvolvimento e políticas públicas, visando à promoção da sustentabilidade; fornecer subsídios para avaliar a efetividade dos esforços de conservação da biodiversidade no Estado; estimular e promover a formação e a capacitação de recursos humanos e técnico-científicos para atuar na conservação e uso da biodiversidade, entre outros.

O Programa tem 8 eixos de ações e todos os eixos apresentaram avanços significativos, conforme destacado abaixo:

Biodiversidade para sustentabilidade e redução da pobreza: Projeto em andamento envolvendo mapeamento de usos de biodiversidade no estado, em 2012 foram apresentadas varias pesquisas a serem desenvolvidas em rede com recursos do Biota conforme relato a seguir.

Educação, arte e comunicação: Projeto sobre panorama da Educação Ambiental do estado em andamento, elaboração do projeto executivo de Educação Ambiental do Aquário do Pantanal; Apoio na publicação do Guia de Aves de Campo Grande (publicado em outubro de 2013); manutenção e atualização do site e fanpage do Programa no facebook.

Biodiversidade, articulação e infraestrutura pública: informatização das coleções (aproximadamente 70% das coleções do Estado foram informatizadas com apoio de 6 bolsistas de AT vinculados ao Programa Biota-MS; Projeto para melhoria da infraestrutura das coleções do Estado em andamento; Participação de membros do Biota-MS no planejamento do Aquário do Pantanal; montagem de uma workstation para armazenamento e processamento de dados de Biodiversidade no Estado (gerenciada pelos laboratórios de Inteligência Artificial e de Ecologia da UFMS);

Biodiversidade, Negócios e Mercados Emergentes: Projeto em andamento envolvendo mapeamento de investimentos e ações privadas em biodiversidade no Estado.

Biodiversidade, saúde pública e sanidade animal e vegetal: Projeto em andamento envolvendo mapeamento de zoonoses no estado, particularmente transmitidas por insetos;

Conhecimento tradicional e Biodiversidade: Projeto em andamento envolvendo uso de biodiversidade por populações tradicionais no estado.

Proteção da Biodiversidade e Serviços Ambientais: Projeto envolvendo avaliação das unidades de conservação do estado; em parceria com a Fundação Neotrópica do Brasil e o Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL), consultora e executor do projeto, respectivamente, o Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado de Mato Grosso do Sul – ZEE/MS – Primeira Aproximação, foi desenvolvido e estruturado, a saber:

  1. Reorientação do desenvolvimento do Estado em bases sustentáveis, com ampliada integração ao mercado internacional, inclusão das comunidades locais nos processos econômicos e conservação ambiental.
  2. Fornecimento de subsídios para a implantação e monitoramento de políticas públicas sociais, de responsabilidade do Governo Estadual.
  3. Reequilíbrio estrutural da ocupação do território do Estado, promovendo a acessibilidade às suas localidades, a distribuição adequada da infra-estrutura básica e a integração intermodal de transporte do Estado.
  4. Criação de marcos regulatórios gerais, referentes ao uso e ocupação do território do Estado, propiciando condições para o crescimento sustentável da economia, considerando as condições sociais das comunidades e as peculiaridades e os valores culturais, locais e regionais.
  5. Orientação de investimentos estruturadores do Estado e do setor privado, em modais de transporte e logística e desenvolvimento urbano visando criar condições para diversificação da economia, em escala estadual, regionais e locais.
  6. Atração de investimentos privados, nacionais e internacionais, que estimulem a diversificação e verticalização da economia estadual, com ênfase no agro-negócio e agregação de valores às cadeias produtivas e na implantação de empreendimentos baseados em mecanismos de desenvolvimento limpo.
  7. Inserção do Estado nos mercados nacional e internacional diferenciados, mediante estímulo aos processos de certificação social, ambiental e empresarial e de adoção de sistemas de produção orgânica, mecanismos de desenvolvimento limpo e assemelhados.
  8. Preservação do patrimônio cultural, histórico, artístico e arqueológico, mediante proteção de bens e valores representativos.
  9. Melhoria da qualidade de vida das comunidades, com priorização daquelas apontadas pelo Índice de Responsabilidade Social, como as de maior vulnerabilidade social.
  10. Valorização e inserção das iniciativas produtivas locais, tais como APL e DRS, nas cadeias produtivas gerais do Estado visando apoiar a criação de dinâmicas econômicas sustentáveis e inovadoras, principalmente nos municípios de pequeno e médio porte.
  11. Associação dos programas e conteúdos do setor da Educação e Trabalho às iniciativas decorrentes do ZEE/MS, visando elevar a qualificação técnica à força de trabalho e imprimir capacidade de inovação aos processos socioeconômicos e às atividades
    empresariais.

Clique aqui e acesse o arquivo na íntegra (1a aproximação)

Clique aqui e acesse o arquivo na íntegra (2a aproximação)

Com a parceria do programa BIOTA-MS em 2017 foi lançado o livro “Capital Natural do Estado de Mato Grosso do Sul” visando politicas publicas de planejamento regional. O Livro é pioneiro na síntese do capital natural no Brasil, mostrando o conhecimento existente no MS sobre a biodiversidade, serviços ecossistêmicos, áreas prioritárias para conservação e restauração. Isso permite que o Estado inclua em seu planejamento territorial o valor de alguns serviços fundamentais para a natureza e o homem.

Ainda sobre o Biota-MS podemos citar importante atividade que é o financiamento de parte da infraestrutura do Herbário da UFMS, com armários apropriados para manutenção do rico acervo de plantas do estado. O Herbário CGMS da UFMS, situado no Instituto de Biociências, é o maior herbário do Mato Grosso do Sul. Os exemplares catalogados no CGMS são oriundos do Chaco, formações do Pantanal, Cerrado, Veredas, Florestas Estacionais e Mata Atlântica de Interior, totalizando cerca de 70.000 espécimes, distribuídos entre Angiospermas, Gimnospermas, Samambaias e Licófitas, e Liquens, com predomínio de Angiospermas. O Herbário CGMS atende a alunos e professores de Graduação, Pós-Graduação da UFMS e de instituições nacionais e estrangeiras. Exemplares provenientes de pesquisas desenvolvidas na Graduação relacionadas às plantas e aos liquens, bem como nos Programas de Pós Graduação da UFMS em Biologia Vegetal, Ecologia e Conservação, Farmácia, Química, Biotecnologia têm exemplares devidamente catalogados no Herbário CGMS.

Atualmente tem sido realizada a digitalização de plantas catalogadas cujas imagens serão disponibilizadas online, com acesso a qualquer pessoa em distintos lugares do mundo, em virtude de parcerias interinstitucionais. Esta ação converge nas ações do Governo Brasileiro em catalogar a Biodiversidade Nacional e disponibilizá-la em plataforma mundial, iniciativa que inclui o Herbário CGMS.

O programa iniciou em 2018 um projeto de construção de um Museu da Biodiversidade no Parque Estadual Nascentes do Rio Taquari (PENT) no município de Costa Rica-MS, projeto este que já foi licitado (contrato nº 012/2019 SEMAGRO) cumprindo uma das metas prioritárias do programa de divulgar informações sobre biodiversidade para o público geral. O Parque Estadual das Nascentes do rio Taquari (PENT) foi criado pelo Decreto nº 9.662, de 19 de outubro de 1999, com uma área de 30.618,96 hectares. Está localizado a nordeste do estado, abrangendo os municípios de Costa Rica e Alcinópolis. A região norte e nordeste do estado de Mato Grosso do Sul é rica em sítios arqueológicos atestando a ocupação humana em períodos que remontam a 11 mil anos atrás, apresentando Peaberus (antigas rotas) que cortam a região em sentido norte-sul e leste-oeste passando pela área do PENT. A área do PENT e entorno apresenta vestígios em abrigos de cavernas, com pinturas rupestres e petroglífos que mostram várias fases de ocupação de grupos humanos até os mais recentes de etnia Macro-Gê, mais recentemente representados pela ocupação Caiapó a cerca de 3 mil anos, que teria sobrevivido até o final do século XIX em aldeamentos nas furnas do Engano e Furnas do mutum. Tudo isso esta sendo estudo por equipes técnicas capacitadas para a idealização do museu.

Membros do programa estão trabalhando ativamente em projetos de simulações de mudanças de usos do solo do Estado, buscando abordagens que contribuam para o planejamento regional do estado. Além disso, as pesquisas estão gerando os primeiros mapas de serviços ambientais e monetização para subsidiar programas estratégicos de incentivos e compensações no estado.

O programa apoia a elaboração de um livro sobre peixes do Pantanal, coordenado pela equipe do Aquário do Pantanal. Membros do programa tem trabalho fortemente para consolidação do programa de bioeconomia do MS, incluindo a participação em reuniões estratégicas com setores comerciais. A estrutura montada pelo Governo do Estado para a conservação e manutenção de 189 espécies de peixes que serão futuramente transferidas para os tanques do Aquário do Pantanal tornou-se um laboratório de referência, com destaque internacional devido aos resultados obtidos nas pesquisas sobre peixes de água doce realizadas no local. Até o momento, os profissionais que trabalham na Quarentena realizaram a reprodução de 49 espécies de peixes, sendo 23 delas nativas dos rios da região pantaneira. Sete desses registros são inéditos no mundo e outros três foram documentados pela primeira vez no Brasil. Esses resultados já estão sendo transformados em artigos científicos e serão submetidos a publicações nacionais e internacionais, contribuindo na produção de conhecimento na área de Ictiologia (ramo da zoologia que estuda os peixes), além de também contribuir com técnicas inovadoras para a piscicultura. A Quarentena do Aquário do Pantanal é, atualmente, o maior laboratório de peixes pantaneiros do mundo, com 150 tanques ativos que abrigam 189 espécies de peixes neotropicais: 135 espécies pantaneiras; 55 da Amazônia; 14 africanas e outras da Oceania, Ásia e América Central. O “carro-chefe” da produção científica produzida na Quarentena é a atualização do inventário da ictiofauna da bacia do Alto Paraguai que irá se materializar com a publicação do Guia ilustrado dos Peixes do Pantanal e Entorno.

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