Cento e trinta merendeiros escolares da rede pública de ensino no Amazonas participaram do encerramento da Oficina de Manipuladores Escolares, no auditório da Escola Estadual Senador Petrônio Portella, promovido através da parceria entre a Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e o Serviço Social da Indústria (Sesi).
Um dos principais pontos do curso foi a aprendizagem de novas receitas com a inclusão da biomassa de banana. O produto é uma alternativa mais saudável para aproveitar todos os benefícios da fruta. Rica em vitaminas A, B1, B2 e minerais essenciais como fósforo, magnésio e potássio, a biomassa também é um dos alimentos antioxidantes que age na prevenção de doenças como o câncer e ajuda a combater o envelhecimento precoce.
“Estamos buscando alternativas de alimentos mais saudáveis na merenda escolar envolvendo somente frutas cultivadas no Estado. Essa iniciativa ajuda tanto a economia local como contribui na alimentação mais saudável de crianças e adolescentes nas escolas”, explicou o presidente da ADS, Lissandro Breval.
Além da manipulação da biomassa de banana, os merendeiros aprenderam novas receitas com pescado e tiveram curso de reciclagem sobre práticas de segurança alimentar com o correto manuseio e armazenagem de alimentos. A instrutora do curso foi a culinarista Gorett Pontes. Essa foi a primeira turma, dos sete distritos, com o objetivo de promover uma reflexão a cerca da importância do trabalho das merendeiras escolares no âmbito das escolas publicas.
Mudanças
Lissandro Breval ressaltou que o trabalho das merendeiras vem passando diversas transformações, tornando-se mais intenso e complexo. “Estamos sempre buscando novos cursos para a capacitação do manipulador de alimento escolar, com essa parceria foi possível ter esse resultado”, concluiu.
A ideia do curso é alcançar todos os merendeiros da rede pública de ensino, mostrando novas formas de apresentar o pescado e outros alimentos na merenda escolar. “Aprendi como armazenar, congelar, resfriar e outras coisas que ainda não sabia e preparar de forma variada alimentos que a maioria dos alunos não tem o hábito de comer em casa”, comentou a merendeira, Adriana Correa.
A nutricionista do Distrito III da Seduc, Louisy Campos, ressaltou a importância do curso para a inovação da merenda escolar. “Não só no Amazonas, mais em todo país, a receita com peixe ensopado é a mesma, a ideia é criar outras receitas para aumentar o entusiasmo e curiosidade do aluno”, concluiu.
Peixe Brasil
O treinamento faz parte do Projeto Peixe Brasil, que busca qualificar técnicos para o planejamento e gestão de alimentos saudáveis à base de pescado nas escolas públicas de todo o Brasil. Para participar do Projeto Peixe Brasil foram escolhidos apenas 5 (cinco) estados brasileiros: Amazonas, Bahia, Ceará, Santa Catarina e São Paulo.
“O Governo do Amazonas, através da ADS foi escolhido devido aos resultados positivos e a alta qualidade dos produtos regionais oferecidos nas escolas por meio do Programa de Regionalização da Merenda Escolar – Preme”, explicou.
Programa
Atualmente, os alunos da rede pública estadual têm 50 alimentos incorporados em seu cardápio, todos alimentos regionais. Entre eles está o peixe, castanha, açaí (polpa), banana pacova, abacaxi e mamão, dentre outros.
Todos os produtos regionais adquiridos pelo Preme são repassados para a Secretaria de Estado de Educação – Seduc, que é responsável pela distribuição nas escolas.
Assessoria de comunicação do Estado