De acordo com os analistas, a alta ocorreu em razão da baixa oferta da batata no mercado nacional devido ao clima adverso no período do plantio, o que ocasionou perdas na safra passada, diminuindo o volume da batata no mercado nacional. Já o aumento do pão francês foi influenciado pelo aumento do dólar – uma vez que o trigo consumido no país vem principalmente do exterior, custo maior dos combustíveis e aumento da energia elétrica – muito utilizada nos fornos.
Cesta básica individual
A pesquisa da cesta básica individual registrou variação de 20,44% no período de 12 meses, 8,89% nos últimos seis meses e 13,20% no ano. Já nos últimos dois meses a alta foi de 0,79%, passando de R$ 351,20 em junho para R$ 353,99 em julho. Nela são pesquisados 15 produtos, sendo que destes, nove registraram alta: batata 4,68%; pão francês 4,34%; carne 2,95%; leite 2,59%; macarrão 2,29%; margarina 1,62%; alface 1,58%; arroz 1,01% e açúcar 0,74%.
Os alimentos que registraram queda de preço foram: laranja 8,22%; banana 6,09%; tomate 4,80%; sal 2,17%; óleo 1,67% e feijão 0,48%. A queda da laranja ocorreu devido ao período de safra aumentando o volume de estoques no mercado interno; a fruta também foi o produto de menor variação nos últimos seis meses. O clima favorável atingiu ainda a produção de banana que também registrou queda acentuada de preço.
Confrontado o custo da cesta com a renda mensal, conclui-se que o trabalhador que recebeu um salário mínimo de R$ 788,00 comprometeu 44,92% do salário na aquisição da cesta alimentar e no mês anterior comprometeu a sua renda em 44,57%.
Para o levantamento foram pesquisados semanalmente os preços dos 15 produtos em 26 estabelecimentos varejistas de Campo Grande, distribuídos em seis regiões (Centro I, Centro II, Norte, Sul, Leste e Oeste) sendo: supermercados, açougue, hortifrútis e panificadora em cada região.
Cesta básica familiar
A cesta básica familiar – família de cinco pessoas – registrou alta de 0,49% entre os meses de junho e julho. Em julho, o custo foi de R$ 1.484,43, enquanto no mês anterior foi de R$ 1.477,19. A variação acumulada contabilizou registros positivos: nos últimos 12 meses 11,79%, nos últimos 06 meses 5,62% e no ano 8,59%.
Dentre os 44 produtos pesquisados, 26 apresentaram alta de preços, 17 tiveram queda e um manteve o preço inalterado. No grupo alimentação (32 produtos) a pesquisa apresentou uma variação positiva de 0,41% sendo os principais produtos: pão doce 5,53%; queijo 5,42%; batata 4,70%; pão francês 4,35%; alho 4,20%; cebola 4,17%; manteiga 3,83%; carne 2,95%; leite 2,59% e macarrão 2,29%. Os produtos em queda: laranja 8,22%; cenoura 7,25%; couve 6,20%; banana 6,10%; mamão 5,30%; tomate 4,78%; óleo 1,59%; sal 1,30%; frango 0,54% e abobrinha 0,53%.
O levantamento frisa que os preços do leite pagos ao produtor estão mais altos neste ano, segundo pesquisas do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada ESALQ/USP). E com a entressafra no período pesquisado, diminuiu o volume ofertado o que elevou seu preço 2,59% e consequente alta de seus derivados como o queijo 5,42%.
Em alguns estabelecimentos foi observada a promoção da couve, que influenciou a queda de preço 6,20%. A cenoura também teve queda acentuada de 7,25%, devido sua disponibilidade no mercado interno.
No grupo Limpeza Doméstica (07 produtos) a pesquisa constatou uma alta de 1,89%. Os produtos que contribuíram para essa alta foram: desinfetante 3,83%, sabão em pó 3,14%; esponja de aço 2,78%, água sanitária 2,00%, detergente 1,48% e sabão em barra 1,19%. Cera em pasta manteve seu preço inalterado.
O grupo Higiene Pessoal (05 produtos) registrou alta 1,52%, assinalada pelas variações dos produtos: absorvente 2,79%, papel higiênico 2,17%, sabonete 1,14%, dentifrício 0,55%; lamina de barbear 0,21%.
Assim, o custo total da Cesta Básica Familiar no mês de julho comprometeu 37,68% do valor total da renda familiar. Para esse cálculo considera-se a renda familiar de 5 salários mínimos R$ 3.940,00. No levantamento feito em junho, o custo da Cesta Básica Familiar comprometeu 37,49%.
Para a cesta básica familiar são pesquisados mensalmente os preços dos 44 produtos em 26 estabelecimentos varejistas de Campo Grande, distribuídos em seis regiões (Centro I, Centro II, Norte, Sul, Leste e Oeste), sendo: supermercados, açougue hortífruti e panificadora em cada região. Também são pesquisadas 02 peixarias isoladas.
Diana Gaúna – Subsecretaria de Comunicação