Campo Grande (MS) – Criado há seis anos, o Ponto de Cultura do Projeto de Assentamento (PA) Montana, no município de Bataguassu, serviu de exemplo de trabalho na área sociocultural para produtores rurais de comunidades agrícolas de Anaurilândia, Angélica, Glória de Dourados, Nova Andradina e Taquarussu. Com iniciativa da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), as atividades foram vistas de perto por 60 pessoas entre agricultores e técnicos durante visita in loco.
“A finalidade do evento foi demonstrar o trabalho que vem sendo realizado pela Associação de Mulheres Rurais do P. A. Montana, através do Projeto Ponto de Cultura, criado em 2009, com o objetivo de dar oportunidade à comunidade rural, de acessar a produção e consumo de produtos que remetessem à cultura”, explicou o coordenador regional da Agraer de Nova Andradina, Sandro Henrique Polloni.
Ao longo dos anos, o projeto vem oferecendo dentro do assentamento Montana as mais diversas atividades, como: oficinas de teatro, artesanato, cursos de web designer, corte e costura e informática básica. “É um trabalho que estimula participação de crianças, jovens e adultos e tem como parceiros no andamento das atividades as entidades locais”, contou Polloni. A visita realizada dentro do assentamento está inserida na Chamada Pública do Incra.
Inspiração
Durante o tempo em que ficaram na comunidade, os visitantes puderam assistir a uma breve apresentação cultural de dança e de teatro e ainda viram algumas peças de artesanatos e as instalações das salas onde são oferecidos os cursos de arte e informática.
Para a presidente do Sindicato Rural do município de Taquarussu, Luzia Ferreira da Silva, o ponto de cultura de Bataguassu serve como forte inspiração a ser seguido. “Em nossa cidade, no assentamento Bela Manhã, temos um trabalho similar em artesanato, mas com fibra de taboa e bananeira. Conhecer as atividades em Bataguassu foi interessante por causa disso, temos interesse de expandirmos nossos trabalhos e ver algo que já vem tendo sucesso serve de exemplo. Sem contar que tivemos a oportunidade de conversar com as pessoas que tocam o projeto”, garantiu.
A agricultora ainda lembrou que tudo o que foi visto em Bataguassu servirá também para incrementar as ações que já vem sendo tomadas para implementação de uma casa do artesanato em Taquarussu. “Queremos ter esse ponto de comercialização e divulgação dos trabalhos das mulheres agrícolas. No Montana, vimos aquilo que acreditamos que é de que dentro da agricultura familiar quando se há união as coisas dão certo”, e ainda ressaltou a necessidade de haver outros projetos desse tipo pelo Estado. “Não adianta querer levar um projeto nos moldes da cidade para o campo. É preciso que o projeto seja adaptado para a realidade do campo e foi isso que vimos, um ponto de cultura similar ao dos centros urbanos, mas que atende as necessidades dos moradores rurais”, afirmou Luzia.
Aline Lira, Agraer