Área queimada no Pantanal em 2021 é cerca de 6 vezes menor do que igual período do ano passado

Categoria: INCENDIOS, PEMIF | Publicado: terça-feira, agosto 24, 2021 as 12:19 | Voltar

A área total queimada no bioma Pantanal no período de 1º de janeiro a 21 de agosto de 2021 é cerca de seis vezes menor em comparação com igual período do de 2020, ano recorde em incidência de incêndios florestais no Estado. De acordo com os dados do LASA - Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da UFRJ, divulgados no fim da tarde de segunda-feira (23), do início de janeiro a 21 de agosto de 2020, 1.368.775 hectares do Pantanal (de MS e MT) haviam sido atingidos por queimadas. No mesmo período de 2021, esse número despencou para 261.800 hectares.

“Esse é um indicador que expressa a efetividade das ações realizadas pelo Governo do Estado, por meio da Semagro, do Imasul, do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil para prevenir e reduzir os incêndios florestais em todo o Mato Grosso do Sul. Vemos claramente o impacto da implementação do Plano Estadual de Manejo Integrado do Fogo – PEMIF, que implementamos neste ano", comentou o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) após a reunião do CICOE (Centro Integrado de Coordenação Estadual) realizada na tarde desta terça-feira (24), na sede do CIOPS (Centro Integrado de Operações de Segurança).

O titular da Semagro lembrou que o Governo do Estado estabeleceu uma estratégia muito clara de prevenção, combate e responsabilização na questão dos incêndios florestais. "Por meio do PEMIF, instituímos o CICOE, o qual eu presido e criamos uma estrutura de controle. Focamos na prevenção aquisição de equipamentos, capacitação. Firmamos parcerias com a Biosul, Reflore, PrevFogo, SOS Pantanal e outras entidades para o apoio ao Corpo de Bombeiros. Focamos em informação para que a gente pudesse ter um acesso à informação rápida para viabilizar a prevenção e o combate. Hoje, a gente continua alertando a população para o cuidado em relação a qualquer tipo de queima no Estado e suspendemos as autorizações de queima controlada, devido ao período crítico em que estamos e que, historicamente, se agrava em setembro e outubro. Nossa proposta, com o PEMIF, é estimular o uso do ‘fogo bom’ no primeiro semestre para evitar os grandes incêndios florestais no segundo semestre", finalizou o secretário Jaime Verruck.

Dos 261.800 hectares de área queimada do Pantanal em 2021, 95.250 hectares foram nos limites da Terra Indígena Kadiweus. O Tenente Coronel Moreira, assessor Bombeiro Militar da Semagro, lembra que o PEMIF reconhece o uso do fogo como parte da cultura dos povos indígenas e comunidades tradicionais.

“Por isso, a estratégia do Governo do Estado, é que o MIF seja realizado em um período com maior possibilidade de controle do fogo, para que as áreas possam ser manejadas e evitados os incêndios florestais. Além disso, temos as autorizações de Queima Controlada e Queima Prescrita e todas essas ações geram focos de calor e área queimada, que são registrados pelo Lasa e o Inpe e computados no acumulado do ano”, comenta Moreira.

Ações do Governo

Os investimentos do Governo do Estado na estruturação do Corpo de Bombeiros e a instituição do PEMIF, em abril, foram determinantes na redução dos incêndios florestais em Mato Grosso do Sul, nos primeiros oito meses do ano, e como consequência a diminuição significativa da área destruída pelo fogo. “São números que expressam a efetividade das ações de redução de incêndios florestais previstas no plano, uma medida inovadora do governo ao estabelecer estratégias de prevenção a eventos extremos como os que tivemos ao longo de 2020, especialmente na região do Pantanal”, comentou o coronel Hugo Djan Leite, comandante do Corpo de Bombeiros.

Os comparativos entre a incidência de incêndios em 2020 e 2021, de 1º de janeiro a 21 de agosto, apontam uma redução de 80,87% da área queimada. Para o governador Reinaldo Azambuja, a estatística demonstra um cenário altamente positivo e a eficácia do PEMIF, onde o Corpo de Bombeiros, atuando apenas com seu efetivo, tem dado resposta imediata aos desastres.

“Temos investido muito para equipar nossos bombeiros e atuado de forma integrada, envolvendo outros órgãos, como o Ibama, Imasul e PMA, e também a sociedade organizada”, disse. “O trabalho de treinamento e formação de brigadas e envolvimento das comunidades e propriedades rural foi extremamente importante para a prevenção, evitando que o fogo se propague”, destacou.

Além dos investimentos em aeronaves e viaturas, capacitação e equipamentos para combate direto, o Estado estabeleceu os decretos de situação de emergência ambiental por 180 dias e proibição de queima controlada. “Foram fundamentais para o trabalho preventivo e ações rápidas e intensivas dos bombeiros, antecipando-se aos desastres”, observou o coronel Hugo Djan.

Recursos federais

Com a edição dos decretos emergenciais também foi possível garantir recursos da Defesa Civil Nacional, no valor de R$ 8,6 milhões, cuja liberação imediata foi comunicada pelo ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, ao governador Reinaldo Azambuja. O dinheiro vai custear e manutenção das operações de combate aos incêndios florestais por mais 90 dias.

O repasse será usado na compra de combustível para viaturas, barcos, aeronaves e equipamentos utilizados no combate aos incêndios florestais. Serão 5 mil litros de gasolina comum, 54 mil de óleo diesel, 13,6 mil de gasolina para aviação e 37,8 mil litros de querosene para uso em helicópteros. Também será destinado a compra de 900 horas de voo para os Air Tractor, aviões de combate ao fogo.

“São recursos que vem a somar aos nossos esforços para reduzir danos ambientais como no ano passado. Estivemos com o ministro (Rogério Marinho) em Brasília, ponderamos a necessidade desse apoio e o governo federal priorizou as ações de combate aos incêndios em nossa região, o que só temos a agradecer ao presidente Jair Bolsonaro”, comentou o governador.

Com informações da Subcom

Publicado por: Marcelo Armôa, Assessoria de Comunicação da Semagro

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