Campo Grande (MS) – O Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/Sudeco) aprovou nesta segunda-feira (20) a ampliação de financiamento do FCO para aquisição de matrizes suínas, de duas mil para 15 mil cabeças por beneficiário. A proposta foi apresentada pelo Governo de Mato Grosso do Sul.
O aumento na quantidade de matrizes foi aprovado já para este ano, quando o FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) deve disponibilizar R$ 1,687 bilhão para empreendimentos sul-mato-grossenses. Os recursos estão divididos entre os setores rural e empresarial, metade (50%) para cada área.
Para o governador Reinaldo Azambuja, a margem para aquisição de duas mil cabeças de matrizes suínas era impeditivo para o desenvolvimento da atividade econômica. “Hoje, o limite nas granjas de suínos modernas é de 15 mil, já com toda a segurança sanitária – o que dá muito mais escala de produção e produtividade”, defendeu ele na reunião do Condel.
No encontro, que teve a participação do secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, foi frisado que Mato Grosso do Sul tem unido esforços para atrair investimentos no setor da suinocultura, principalmente na implantação de novas unidades produtoras de leitões.
A medida dinamiza a economia local, por meio do fomento à aquisição de insumos e prestações de serviço, gera empregos e tem potencial para tornar o Estado autossuficiente na oferta de leitões vivos destinados ao abate nas unidades frigoríficas no Estado.
“O efeito multiplicador quando se fomenta, por meio de instrumentos como o FCO, a implantação de empreendimentos desta natureza é significativo, como aumento da qualidade dos suínos, melhor desempenho, eficiência na aquisição de insumos e diminuição dos custos de produção”, diz a proposta apresentada pelo Estado e aprovada pelo Conselho.
Pleito dos governadores
Reinaldo Azambuja adiantou ainda que o Condel/Sudeco demonstrou apoio a demanda dos governadores do Centro-Oeste, Norte e Nordeste para que parte dos recursos dos fundos constitucionais seja utilizado em empreendimentos produtivos pelos próprios governos estaduais. “Em rodovias, portos, aeroportos, núcleos industriais e energia elétrica, para fomentar desenvolvimento”, exemplificou o gestor.
O Governo Federal deve encaminhar uma Medida Provisória (MP) ao Congresso para que o novo formato seja aplicado no FCO, adiantou Reinaldo Azambuja. “Se a MP for aprovada e sancionada vai liberar até 30% para atividades produtivas na indústria, comércio, agropecuária e turismo. Isso pode fomentar o desenvolvimento em todas as áreas”, disse o governador.
Também estiveram presentes na reunião o superintendente da Sudeco, Marcos Henrique Derzi, o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, e o secretário de Estado de Relações Institucionais e Assuntos Estratégicos de MS no Distrito Federal, Pedro Chaves.
Bruno Chaves, Subsecretaria de Comunicação (Subcom), com informações de Brasília (DF).
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