Produtor tem de estar atento aos dados, principalmente de estoques, na hora da comercialização, orienta o ministro da Agricultura.
Brasil procura agora abrir novos mercados, principalmente para produtos de valor agregado, fortalecendo ainda mais a base da agricultura nacional da soja e do milho.
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, participou da abertura do projeto Mais Milho, em Cuiabá/MT, na última semana e destacou a importância do agronegócio brasileiro trabalhar na abertura de novos mercados, principalmente focando compradores para produtores de valor agregado, como as proteínas animais. O objetivo de medidas como essa, é portanto, fortalecer a base da agricultura nacional com a soja e o milho. Já em março de 2017, ministro do México vem ao país conhecer o mercado e produtos nacionais.
“Quando saímos do Brasil para vender alguma coisa, não falamos de agricultura, falamos de pecuária, frango, suínos”, diz o ministro. “A questão do grão vai bem. Precisamos é abrir novos mercados para que a gente não fique na mão de um único país, como ficamos hoje nas mãos da China no caso da soja”.
Milho
Sobre os preços do milho, ministro afirma que o foco é buscar um equilíbrio para este mercado, que seja independente das condições da safra nacional, além de definir melhor o papel regulador do governo. E afirma ainda que a informação bem apurada, além do conhecimento da realidade presente do mercado é a principal ferramente para uma comercialização bem sucedida.
“O mercado sempre se ajusta, ele é soberano, precisamos entender isso. E o governo tem o papel da informação, e a Conab – que é a empresa que cuida disso – é uma instituição muito séria (…) e a Conab, em determinado momento este ano, foi ao mercado e disse que os estoques de passagem seriam de 5 / 6 milhões de toneladas, e os produtores não acreditaram nisso e os produtores deixaram de vender esperando ganhar mais”, disse.
Maggi mais uma vez, portanto, reforçou a fidelidade dos dados da companhia e da importância para o produtor brasileiro traçar suas estratégias de venda. “Sei que é um desprendimento por parte do produtor, não é fácil, mas na agricultura moderna, com todas as variáveis e informações, requer um novo momento e nova forma de administração, principalmente na compra e venda dos insumos”, conclui.
Como alternativa para a grande oferta de milho, principalmente no estado de Mato Grosso, o ministro lembrou ainda da continuidade dada à proposta da produção de etanol de milho.