Com 70 mil produtores, a agricultura familiar de Mato Grosso do Sul deverá contar neste ano com R$ 35 milhões em recursos para investimento em equipamentos e ações fomento a produção. A informação foi repassada na sexta-feira (15) pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação ( Semadesc) Jaime Verruck, durante o ato de entrega de 335 itens para 18 municípios de Mato Grosso do Sul no auditório da secretaria.
Entre os itens estão veículos, equipamentos para escritórios, maquinários e implementos agrícolas que serão utilizados para reforçar a atuação da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), dos municípios contemplados e fortalecer as atividades voltadas à Agricultura Familiar.
O valor total investido é de R$ 4.926.423,86, provenientes de recursos próprios do Governo do Estado; do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); da Superintendência do Desenvolvimento do Centro Oeste (Sudeco) e de emendas dos parlamentares da bancada estadual e federal.
O evento contou com a presença do governador Eduardo Riedel, de deputados estaduais, prefeitos e vereadores dos municípios contemplados.Participaram da solenidade o diretor-presidente da Agraer Washington Wileman de Souza, o secretário-executivo de Agricultura Familiar Humberto Melo, o secretário-adjunto da Semadesc, Walter Carneiro Jr, o secretário executivo de Desenvolvimento Econômico, Rogério Beretta.
Os escritórios da Agraer serão beneficiados com 274 equipamentos, avaliados em R$ 2.606.3623,86. São veículos e computadores para utilização dos extensionistas rurais em trabalhos de assistência técnica e extensão rural, além de maquinários como tratores, estufas e carretas para o atendimento das demandas de hortas urbanas.
O secretário destacou a importância da entrega dos equipamentos para a atuação dos extensionistas e técnicos da Agraer no atendimento aos produtores da agricultura familiar em assentamentos, aldeias e propriedades da área rural. “Estamos instrumentalizando nossa assistência técnica rural para garantir um trabalho cada vez mais eficiente na agricultura familiar. Este é um dos pilares da administração do governador Eduardo Riedel: ser mais inclusivo e melhorar a produção nas pequenas propriedades”, salientou.
Em Campo Grande, a Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul (Ceasa) recebeu uma carreta agrícola basculante no valor de R$ 14.500,00. Outros 59 implementos agrícolas foram cedidos aos municípios de Juti, Caarapó, Batayporã, Campo Grande, Corumbá, Dois Irmãos do Buriti, Glória de Dourados, Iguatemi, Itaquiraí, Ivinhema, Pedro Gomes, Ponta Porã, Rio Brilhante, Santa Rita do Pardo, Selvíria, Sidrolândia, Taquarussu e Três Lagoas. Entre os itens destinados estão carretas agrícolas, caminhões, rotoencanteradores e plantadeiras.
Por fim, o Centro de capacitação e pesquisa Geraldo Garcia (CEPEGE) recebeu um caminhão baú carga seca, avaliado em R$ 297.650,00.
Cerca de 70 mil famílias vivem da agricultura familiar em Mato Grosso do Sul, a atividade beneficia tanto as famílias que dependem da renda da terra para o sustento como para milhões de brasileiros que consomem, diariamente, a produção da agricultura familiar.
Recursos alocados
Verruck destacou que para este ano serão R$ 20 milhões previstos de emendas parlamentares para atender somente a agricultura familiar. Além deste montante, ele destacou que a Semadesc já tem desde o ano passado uma emenda de R$ 15 milhões da então deputada federal, hoje senadora por MS, Tereza Cristina para o setor. “Com isso os valores devem totalizar R$ 35 milhões em 2023”, acrescentou.
Neste ano, ele lembrou que ainda serão destinadas mais 19 máquinas do Prosolo que serão entregues às prefeituras para a melhoria de estradas e apoio na produção familiar.
“Temos feito um levantamento em todos os assentamentos do Estado na coleta das demandas e necessidades para poder atender a agricultura familiar. Também estamos desenvolvendo um projeto inovador de descarbonização para 800 produtores rurais da agricultura familiar, dentro desta tendência e da remuneração [mercado de carbono neutro]”.
“Investir na modernização das estruturas que atendem o homem do campo é valorizar e oferecer condições para a melhoria da produção e da competitividade de assentamentos, comunidades indígenas e quilombolas”, destacou o diretor-presidente da Agraer, Washington Wileman.