Representantes dos vinte e sete Estados marcam presença na 25ª assembleia geral extraordinária da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer) realizada em Mato Grosso do Sul, e organizada com apoio da Agencia de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), através da Secretaria de Produção e Agricultura Familiar.
Na abertura o presidente da Asbraer, Argileu Martins, observou que a capacidade de mobilização reduzida do setor trás prejuízos e faz com que havendo a necessidade de cortes, em tempos de crise, o setor produtivo seja sempre um dos mais prejudicados, em especial a área de extensão rural. Para essa demanda o Presidente ofereceu proposta da criação de uma estrutura de publicidade onde possam ocupar espaço na mídia com programa de TV e material informativo, a fim de deixar mais evidente o que é e a importância do trabalho dos extensionistas.
O diretor-presidente da Agraer, Enelvo Felini, fez eco a importância da realização de encontros e a necessidade de planejar uma inserção mais firme do setor na mídia “Para divulgar não só o trabalho que realizam mas também o resultado deste trabalho que é a evolução dos produtores, melhoria dos seus rendimentos, da sua qualidade de vida”. Reforçou.
Segundo Enelvo, Campo Grande se tornou a capital brasileira das Ater’s. “Trouxemos para o Estado o debate das demandas das Ater’s do Brasil e as discussões de como melhorar um trabalho importantíssimo realizado por profissionais que lidam diretamente com quem está no campo produzindo o que vai a mesa dos Brasileiros”.
Ao parabenizar a Asbraer pelos 25 anos de existência, em nome do seu presidente, o Secretario de Estado da Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul, Fernando Mendes Lamas, lembrou que a extensão rural no Brasil iniciou em São Paulo no Vale do Rio Pardo, depois em Minas, na hoje região metropolitana de Belo Horizonte, e em Mato Grosso do Sul tem 51 anos, criada quando o Estado ainda era uno, em Cuiabá, em 1964,
Dr Fernando comentou o quanto continua desafiador o trabalho dos extensionistas, mesmo no inicio quando tinham como principal função orientar os produtores de milho no combate a formiga, comparando aos desafios de hoje, quando as funções exigem bem mais desses profissionais.
“Quando comecei os meus estudos, os fatores de produção que aprendi serem imprescindíveis eram: terra, capital e trabalho; a estes hoje, devemos adicionar o conhecimento”. Comentou o secretario, destacando o conhecimento como sendo um insumo da maior relevância, especialmente para o agricultor familiar, que mesmo tendo acesso ao credito, sem o conhecimento pode não ter sucesso.
Para finalizar o Secretario destacou que o momento é para que sejam realizadas profundas reflexões, visto que o modelo de produção no Brasil vem passando por transformações extremamente significativas e muitas delas altamente excludentes e excluem especialmente o agricultor familiar. “Esta colocado pra nós, não só na extensão rural, como nas ciências agrarias de uma forma geral, a missão de encontrar alternativas para que o pequeno produtor tenha as condições necessárias para tirar da terra o sustento da sua família com dignidade”.
A assembleia da Asbraer termina as 19 horas, e na sequencia o presidente recebe, no Novotel, os associados e autoridades locais para o coquetel em comemoração aos 25 anos da Associação.