A foto registra um trabalho de Vigilância no município de Rio Verde de MT, com Lucas Xavier (AFA) e Carlos Cacere (ASA)
Campo Grande (MS) – Planejadas com base em análise de risco da Raiva, as ações de captura do principal transmissor da Raiva na área rural – o morcego hematófago – em Mato Grosso do Sul, são direcionadas às regiões mais propensas à ocorrência da enfermidade e realizadas simultaneamente ao trabalho de orientação de produtores e trabalhadores do campo. Com essa fórmula, a equipe do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) garantiu significativa redução dos índices da doença no Estado nos últimos anos.
Com a intensificação das ações de Controle da Raiva nos últimos anos a IAGRO tem conseguido reduzir significativamente os casos de Raiva.
Nos 40 municípios onde esteve nestes primeiros seis meses, a equipe vistoriou 245 abrigos e encontrou o transmissor em 90 deles. Buscando o controle da enfermidade, foram realizadas 769 visitas em propriedades localizadas em regiões de risco e ministrou 39 palestras voltadas a produtores e trabalhadores do campo.
Diretamente ligados ao aumento do número de morcegos hematófagos capturados, os índices de casos de raiva contabilizados no Estado devem continuar apresentando queda. Isto por que, em 2015 foram capturados 2292 animais, uma média de 191 morcegos capturados por mês e registrados 9 casos da doença (nos municípios de Pedro Gomes, Corumbá, Bonito, Rio Brilhante, Bela Vista, Campo Grande e Ribas do Rio Pardo), neste primeiro semestre já foram capturados 1236 morcegos hematófagos, elevando a média para 206 animais por mês e foram registrados apenas 3 casos (nos municípios de Itaporã, Nova Andradina e Rio Verde de Mato Grosso).
Os dados apresentados nos relatórios do Coordenador do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros da Iagro, médico veterinário Fabio Shiroma de Araujo, vem acompanhado das observações sobre o empenho dos profissionais envolvidos neste trabalho -Agentes Fiscais Agropecuários (AFA), Fiscais Estaduais Agropecuários (FEA) e Agentes de Serviços Agropecuários (ASA) – e de recomendações sobre como proceder quando da localização de abrigos e em casos de suspeitas da doença.
Segundo Fábio, a raiva é uma doença perigosa e fatal, que é transmitida dos animais para o homem. Para sua detecção é fundamental a participação do produtor rural na comunicação dos casos de animais com sintomatologia nervosa, conhecimento de abrigo com morcegos e presença de animais com sugaduras por morcegos hematófagos. “A comunicação pode ser feita na unidade da Iagro mais próxima da propriedade”, completou.
Nos casos de animais suspeitos, o médico veterinário orienta ainda que não se deve manusear estes animais, sob risco de adquirir a doença e que no caso de contato com animal suspeito ou agressão de morcegos, cães ou gatos, a pessoa deve ser encaminhada imediatamente para o Posto de Saúde mais próximo.
Texto: Kelly Ventorim |Assessoria de imprensa da Iagro e Sepaf