Campo Grande (MS) – O cenário econômico brasileiro refletiu negativamente nos dados de abertura de empreendimentos comerciais no ano passado, de acordo com informações da Junta Comercial de Mato Grosso do Sul. O governo do Estado, no entanto, incentivará o trabalho e a manutenção da regularidade dos negócios através de incentivos e do Propeq – Programa Estadual de Apoio aos Pequenos Negócios.
Em comparação ao ano anterior, 2015 apresentou retração de 13,39% na constituição de novos empreendimentos: em 2014 foram constituídas 6.713 novas empresas; no ano passado foram 5.921 (número mais baixo dos últimos doze anos), diferença negativa de 793 empreendimentos.
A queda, porém, segue uma tendência já verificada entre 2013 e 2014, quando o número de empresas inscritas caiu de 7.635 para 6.713. A inauguração de sucursais também caiu: de 1.273 em 2014 para 1.046 no ano passado: queda de 21,7%.
Apoio aos novos microempreendedores – Com a crise e o desemprego, muitos trabalhadores recorrem ao empreendedorismo. Para que esses novos empresários possam obter ganhos e crescer, o Governo do Estado, segundo o secretário Verruck, incentivará o trabalho e a manutenção da regularidade dos negócios.
Entre as ações levadas aos microempreendedores de todas as regiões está o Rota do Desenvolvimento, ação realizada pelo governo do Estado em parceria com o Sistema S e entidades do setor para fomentar a interiorização do desenvolvimento e a diversificação da matriz econômica sul-mato-grossense.
A Rota é um dos eixos de atuação do Propeq – Programa Estadual de Apoio aos Pequenos Negócios e conta com palestras, mesas, debates, workshops e atendimentos voltados a empresários e empreendedores.
“O Propeq é uma união de esforços entre o poder público e o setor produtivo num programa inédito que visa à criação de um ambiente favorável ao crescimento dos pequenos negócios em todas as macrorregiões do estado, promovendo o desenvolvimento e gerando empregos urbanos e rurais”, finaliza o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck.
Recentemente o Governo do Estado se reuniu com o setor produtivo para desenvolver um programa de ações integradas com foco na geração de emprego. O projeto, que poderá ser apresentado em cerca de 30 dias, contou com a participação da Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul, Faems (Federação das Associações Empresariais), Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e da FCDL (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas).
Desburocratização em números – O alto número de empresas baixadas no ano passado (2.191 contra 1668 em 2014), de acordo com o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, não reflete unicamente o momento de crise econômica. Segundo ele, é resultado da maior facilidade em se encerrar os negócios na Junta Comercial.
“Os dados refletem a desburocratização dos processos. Hoje é possível baixar empresas mesmo com débitos fiscais, que são assumidos pela pessoa física. Facilitou o trâmite e é um numero positivo levando-se em conta este momento”, avalia Verruck.
Apesar de todo o impacto apontado pelos dados da Jucems, Mato Grosso do Sul iniciou 2016 com 195.570 empresas ativas distribuídas por 79 municípios; Destes, Campo Grande (79.692), Dourados (16.716), Três Lagoas (9.174), Corumbá (5.648) e Ponta Porã (4.758) respondem por 115.988 empreendimentos, que correspondem a 59,3% do total de negócios do setor de comércio e serviços sul-mato-grossense.