Campo Grande (MS) – Durante a abertura oficial da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), apresentou o livro Capital Natural de Mato Grosso do Sul. A publicação é um dos resultados do Projeto Biota, que na primeira fase, catalogou cerca de 9 mil espécies da fauna e a flora estadual.
O projeto estuda a biodiversidade do Estado e busca através do conhecimento traçar estratégias de conservação e uso sustentável dos recursos naturais. A intenção é montar o “quebra cabeças da biodiversidade” de Mato Grosso do Sul por meio da pesquisa científica e indicar as estratégias de uso sustentável do capital natural e sua conservação.
O livro apresenta o conceito de Capital Natural e as principais características do Estado, fala sobre as estratégias para o presente e futuras gerações, além e dar informações sobre como restaurar o que foi perdido e valorizá-lo através de novos caminhos.
Lançado em 2012, o projeto envolve 65 entidades e 260 pesquisadores do Brasil e do mundo, que realizaram pesquisas em Mato Grosso do Sul. Os cinco anos de trabalho resultaram também em 160 artigos científicos que estão sendo publicados em revistas reconhecidas da área.
“Nós temos que mostrar que a conjunção de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico pode ser feita e gerar bons frutos ao Estado, principalmente se for aliado à pesquisa. Certamente, essa integração vai nos auxiliar na tomada de decisões sobre o desenvolvimento e a conservação dos bens naturais do Estado”, disse o secretário adjunto da Semagro, Ricardo Senna.
Agora o projeto Biota caminha para a segunda fase, com a destinação de R$ 900 mil para recuperação de nascentes da Bacia Hidrográfica do rio Paraguai. O Comitê Executivo, coordenado pela Semagro e composto por instituições científicas e da sociedade civil, vai elaborar a proposta.
A superintendência de Meio Ambiente, Produção, Ciência e Tecnologia e Agricultura Familiar vai convocar uma reunião nas próximas semanas para dar início aos trabalhos do Comitê. A coordenadora de Meio Ambiente da Semagro, Sylvia Torrecilha, explica que a proposta deve priorizar a recuperação das nascentes do rio Taquari. “Daremos enfoque às nascentes como prestadoras de serviços ambientais. Eles garantem produtividade e sustentabilidade às atividades produtivas”.
“Além das demandas principais, nós estamos fazendo esforço para que esses investimentos possam dar o direcionamento de futuro para o Estado. Pois queremos um estado moderno, próspero, desenvolvido e que tenha essa inclusão digital, inclusiva com as famílias tradicionais”, afirma Ricardo Senna.