Campo Grande (MS) – O rebanho bovino de Mato Grosso do Sul somava 21.801.000 cabeças em 2016, conforme aponta a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) divulgada nesta quinta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O Estado foi escolhido para sediar a apresentação do estudo, que levantou dados sobre criação animal e produções de leite, lã, ovos de galinha e mel em 5.570 municípios brasileiros. Mato Grosso do Sul emplacou cinco municípios entre os 20 maiores produtores bovinos do país: Corumbá com 1,8 milhões, Ribas do Rio Pardo com 1,1 milhões, Aquidauana com 784 mil, Porto Murtinho com 698 mil e Três Lagoas com 662 mil.
A taxa de crescimento do rebanho sul-mato-grossense entre 2015 e 2016 foi de 2,08%, acima do índice nacional (1,8%). Apesar do aumento significativo de quase meio milhão de cabeças no período de um ano, o rebanho sul-mato-grossense ainda está distante dos 24.984 milhões de reses registrados em 2013, sua melhor performance. Desde então houve uma redução paulatina até 2014, quando o viés voltou a ser de alta.
Mato Grosso continua com o maior rebanho bovino do país, contando mais de 30 milhões de cabeças, e o Centro-Oeste retém 34,4% do total nacional que atinge 218,2 milhões de cabeças, segundo o IBGE. É o segundo maior efetivo de bovinos do mundo (só perde pra Índia) e o segundo maior produtor de carne bovina (atrás apenas dos Estados Unidos). Em percentual, Mato Grosso do Sul detém 10% do rebanho nacional, enquanto Mato Grosso responde por 13,9%.
Enquanto isso, houve redução no volume de abates de bovinos no Estado, entre 2015 e 2016. E verifica-se uma queda contínua desde 2013, quando ocorreu o melhor desempenho do setor frigorífico sul-mato-grossense com 4.121 milhões de reses abatidas. No ano passado o volume de abates de bovinos ficou em 3.292 milhões.
Na medida em que cresce o rebanho bovino de corte, não ocorre o mesmo com o gado leiteiro que apresentou queda de 22,65% em 2016, em relação ao ano anterior. E essa é uma tendência que se mantém há alguns anos. Em relação a 2012, a redução do rebanho leiteiro chega a 51,33%. A explicação disso, segundo o coordenador de Economia e Estatística da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Daniel Frainer, pode ser a contínua redução nos preços do leite.
Por outro lado, o estudo mostra aumento da produtividade por vaca ordenhada de 2,97% em 2016 em relação ao ano anterior, índice que vem crescendo desde 2008 continuamente, acumulando um crescimento de 40,77%. A produtividade em 2016 chegou a 1.337 litros/vaca ordenhada/ano.
Com relação aos demais rebanhos, o rebanho de suínos apresentou pequena redução de 1,15% embora em termos de abate há um crescimento de 6,03%, e também diminuíram tanto o rebanho quanto o volume de abate de aves na proporção de 3%.