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Menos desperdício e mais dinheiro no bolso

  • 11 jan 2017
  • Categorias:Geral
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Com dicas simples, o agricultor garante uma colheita mais eficiente e pode evitar as perdas de grãos

A operação de colheita é a última e uma das mais importantes etapas da produção de soja e milho. Nessa fase, qualquer descuido resulta em perdas que prejudicam a rentabilidade da lavoura e podem comprometer o investimento durante toda a safra. O pior é que, muitas vezes, essas perdas ainda passam despercebidas. De acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), atualmente a média nacional de perdas durante a colheita de soja no Brasil é de duas sacas de 60 quilos por hectare, enquanto que o índice tolerável é de até uma saca. O Estado que registra o menor índice de perdas de grãos é o Paraná, com a média de uma saca por hectare.

 

A boa notícia é que alguns produtores da região conseguem ser ainda mais eficientes, como é o caso do Moacir Marques de Jesus, proprietário da Fazenda Boa Esperança, situada em Cambé, na região metropolitana de Londrina. O agricultor registrou produtividade média de 60 sacas por hectare na safra 2015/2016 e teve perdas de apenas 30 quilos do grão por hectare. “Nosso objetivo sempre é recolher o máximo que a lavoura tem a oferecer, reduzindo ao extremo o desperdício”, diz Marques de Jesus.

 

Velocidade da colheitadeira

Segundo Marques de Jesus, o segredo para ter uma colheita eficiente é não ter pressa, pois muitos agricultores pecam justamente por excesso de velocidade. “A colheita precisa ser feita devagar, por isso é essencial controlar a velocidade da máquina no campo”, afirma o sojicultor. “Também é fundamental revisar os equipamentos e sempre checar os níveis de umidade para ter mais eficiência na colheita”, diz.

 

A Embrapa recomenda velocidade entre 4 km/h e 6,5 km/h para que o sistema de corte da plataforma de alimentação trabalhe com a máxima eficiência e contribua para minimizar as perdas de grãos. Outro detalhe importante é ser cauteloso no manuseio das máquinas. “As colheitadeiras possuem muitos recursos tecnológicos e foram projetadas para não causarem desperdício”, afirma o produtor Marques de Jesus. “Se há perdas é porque o operador não foi treinado ou não conhece bem a lavoura.”

 

Quais são os erros?

De acordo com o pesquisador Lucas Cortinove, especialista em mecanização agrícola e agricultura de precisão da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), existem alguns erros recorrentes tanto na cultura de soja quanto nas lavouras de milho.

 

Na oleaginosa, por exemplo, um erro comum é a dessecação da cultura para obter maior uniformidade ou antecipação da colheita. “Dados da Fundação MT mostram que se o momento da dessecação for muito antecipado, perdas de até 10 sacas por hectare podem acontecer”, diz Cortinove. Outro erro comum é a utilização de máquinas muito grandes em terrenos irregulares. “As perdas acontecem pelo corte parcial da planta, acima da inserção das primeiras vagens, com isso parte dos grãos nem chega a ser recolhida”, explica Cortinove.

 

Já durante a colheita do milho, o erro mais comum é perder espigas devido à alta velocidade de trabalho da plataforma despigadora e se o produtor não fizer um bom acompanhamento da colheita, podem ocorrer quedas de plantas e a falta de recolhimento das fileiras laterais. Além disso, no milho segunda safra é preciso uma atenção adicional. Isso porque a colheita dos grãos ocorre num período em que geralmente o volume de chuvas é menor. “Esta situação climática exige que o produtor faça mais ajustes e regulagens da colhedora e também faz com que ele espere as melhores condições de umidade dos grãos para a colheita”, afirma o pesquisador.

 

Como realizar a manutenção do maquinário?

A melhor manutenção é a preventiva. O planejamento da colheita deve começar ainda na fase de preparo, plantio e trato da cultura. “Quando o agricultor se preocupa com a colheita no momento em que está iniciando o plantio, a possibilidade de perdas diminui”, diz Gilberto Dutra, coordenador de marketing de produto colheitadeiras para a América do Sul da AGCO, dona de marcas como a Massey Ferguson e a Valtra.

 

De acordo com Dutra, pelo menos 30 dias antes de iniciar a colheita, o produtor precisa fazer uma boa revisão nas máquinas que vai utilizar no campo. Um ponto crucial é ter a plataforma de corte muito bem regulada e equalizada. “Perdas de colheita hoje, de 70% a 75% estão na plataforma de corte”, afirma.

 

No caso da soja, o produtor deve se atentar a parte de flexibilidade, sistema de corte, avanço e recuo do molinete e altura. Passando da plataforma, é importante checar os elementos de trilha, velocidade de rotação, abertura e fechamento dos côncavos, que são os mecanismos responsáveis pelo processamento do material.  “A rotação muito alta, além de facilitar as perdas pelo rotor, pode danificar o grão”, diz Dutra.

 

Ainda segundo o especialista da AGCO, outro tema importante é o processamento do mecanismo de limpeza. Para ter um grão limpo dentro do tanque é preciso manter a equalização de ventilação nas peneiras. Esse vento deve ser regulado conforme a demanda. Por exemplo, se tiver um grão mais pesado, é necessário colocar uma quantidade de vento um pouco maior para eliminar a palha, se tiver um grão mais leve, é preciso diminuir. Abertura e fechamento das peneiras superior e inferior também são importantes. “Se atentar a estes pontos, o agricultor será muito mais eficiente na colheita”, diz Dutra.

 

Medição de perdas

Atualmente existem várias ferramentas de aferição das perdas na colheita, como contagem de grãos e balança, mas essas técnicas de medição exigem mão de obra. Entre as soluções mais simples para medir as perdas na soja, a Embrapa oferece um copo medidor e uma armação de dois metros quadrados. A ferramenta é capaz de estimar a quantidade de grãos que a colheitadeira não recolhe, cai no solo e acaba sendo desperdiçada.

 

De acordo com José Miguel Silveira, engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Soja, o sistema de medição é bem simples de ser utilizado e pode ser confeccionado com ripas de madeira ou canos de PVC e barbante. “Esta metodologia é prática, rápida e eficiente”, diz. A ferramenta funciona da seguinte forma: após a passagem da colhedora, a armação deve ser colocada transversalmente às linhas de semeadura. Os grãos que estão soltos sobre o solo e dentro da área de armação são depositados no copo medidor e o nível de perdas é determinado diretamente numa escala graduada, em sacos por hectare.

 

* Essa é uma versão resumida da reportagem especial publicada na revista Farming Brasil.

 

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