O curso será realizado no dia 14 de agosto, em Campo Grande, no Anfiteatro principal da UEMS, no Bloco A. Dividido em dois momentos principais, o curso contará com uma oficina de produção de vídeos curtos, onde os participantes aprenderão técnicas de filmagem e edição, além de receberem sugestões de softwares e equipamentos gratuitos. A oficina começa às 17 horas e será conduzida por uma equipe multidisciplinar, incluindo um jornalista, um publicitário, uma gestora de marketing e um artista cênico
A partir das 19h, o jornalista de São Paulo, Theo Ruprecht, conhecido pelo podcast Ciência Suja, ministrará uma palestra destacando a importância da criticidade na divulgação científica. Ruprecht, com vasta experiência na cobertura de temas de saúde e ciência, explicará como a cobertura científica pode e deve incorporar a criticidade característica do jornalismo. “Será um momento de poder contar, de poder falar como a gente fez, o que a gente trouxe para o debate e como é uma produção de conteúdo crítica, como a gente pode fazer esse negócio funcionar”, afirma Ruprecht.
André Mazini, coordenador do projeto MS +Ciência, ressalta a relevância de qualificar a cobertura jornalística para que os profissionais estejam mais preparados para traduzir pesquisas científicas ao cotidiano das pessoas. “Falar sobre uma pesquisa nem sempre é fácil, mas todas as pesquisas têm um resultado social que dá notícia. E essa notícia aproxima a população da ciência, torna o pesquisador conhecido e, por consequência, populariza o conhecimento”, explica Mazini.
Valter Gonçalves Filho, presidente do Sindjor-MS, destaca a importância da participação de jornalistas e estudantes de jornalismo no curso. “No momento que a gente vive é mais do que necessário entender a ciência para poder explicar, comunicar e divulgar melhor. Portanto, jornalistas e estudantes de jornalismo, se inscrevam e participem. É muito importante”, afirma.
A doutora em comunicação e linguagens, professora Laura Seligman, do curso de jornalismo da UFMS, reforça que aprender sobre divulgação científica amplia a visão dos profissionais sobre sua prática. “Muitos não têm consciência de que se trata primeiramente de um dever – devolver à sociedade uma parte do conhecimento produzido em universidades, institutos de pesquisa ou laboratórios. Somos especialistas em comunicar, mas entrevistamos especialistas nas mais diversas áreas. Então, o cuidado com as palavras é muito importante para a preservação da informação e das fontes”, explica Seligman.
As inscrições para a quarta edição do Comunica Cientista estão abertas e são gratuitas, com o treinamento voltado para professores, estudantes universitários, pesquisadores, jornalistas e profissionais da comunicação de Mato Grosso do Sul.
As inscrições podem ser realizadas em https://bit.ly/
Paulo Ricardo Gomes e Larissa Adami, Fundect