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Governo aposta na revitalização do comércio com a Argentina

  • 11 dez 2015
  • Categorias:Geral

São Paulo – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Armando Monteiro, disse hoje, durante evento em São Paulo, que aguarda a extinção das medidas protecionistas impostas pelo governo argentino durante os últimos anos. Segundo ele, o presidente eleito da Argentina, Maurício Macri, se comprometeu a suspender todas barreiras sobre a importação e as restrições sobre as exportações do país.

— Vamos ter a compreensão de que o presidente Macri já disse que as licenças serão suspensas, mas a Argentina tem problemas cambiais. Portanto, não é algo que resolve apenas pela vontade do presidente. Há um problema do fluxo de divisas e por isso afeta o comércio. Mas, nós confiamos que a Argentina vai promover os ajustes em sua economia para que possamos ter um comércio mais fluído e mais revitalizado —, disse Monteiro durante o Fórum Estadão sobre Exportação. — O que nós esperamos é que o Brasil e a Argentina reequilibre as suas economias para que a partir dessa nova realidade, a gente possa expandir o nosso comércio revitalizando-o, porque somos parceiros estratégicos.

Ao longo dos últimos anos, o governo argentino adotou medidas protecionistas, entre as quais as licenças não-automáticas (que nos últimos anos implicaram demoras de até seis meses para a liberação das mercadorias), medidas anti-dumping e a imposição de cotas aos empresários brasileiros que exportam para a Argentina (denominadas com o eufemismo de “acordos voluntários”).

Até novembro deste ano, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio brasileiro, a corrente de comércio entre os dois países já caiu 17,7%, resultado que inclui todos os setores, inclusive de automóveis, linha branca e alimentos.

Segundo o ministro, com a posse do novo presidente argentino, o acordo com do Mercosul e União Europeia (UE) deve, finalmente, sair do papel depois de mais de 15 anos de discussão. Monteiro acredita que a troca de ofertas entre os blocos deverá acontecer no, mais tardar, no início do ano que vem.

— Acredito que este ano devemos realizar as trocas de ofertas com a União Europeia, se não no início do ano que vem. Ocorreu uma reunião importante na semana passada dos 27 ministros da UE e o resultado é que 22 países defenderam o acordo, por entender que ele é prioritário. Portanto, há já um consenso, nossa oferta já está pronta e já estamos prontos para iniciar o processo. É uma coisa residual de países que tem uma posição mais defensiva na área agrícola —, afirmou.

 Mdic

 

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