Em 20 anos a produção estadual de soja cresceu 320%, resultado do trabalho do agricultor sul-mato-grossense e dos avanços das pesquisas. O agronegócio responde por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) de Mato Grosso do Sul, constituindo o motor da economia sul-mato-grossense. O Estado é o 5º maior produtor de grãos do País.
A agricultura de Mato Grosso do Sul tem um ambiente favorável à produção de soja.
Decreto publicado no Diário Oficial do Estado determina que as ações de movimentação de solo em todas as propriedades localizadas na bacia dos rios da Prata e Formoso, localizadas nos municípios de Bonito e Jardim, apresentem à Semagro um projeto técnico de manejo e conservação do solo e água antes de serem executados.
A medida tem por objetivo reduzir ao máximo o impacto destas ações sobre a integridade dos recursos hídricos naquela região (principalmente as nascentes), através da diminuição do carreamento de sedimentos aos rios e córregos destas bacias.
O decreto estabelece a rotina de apresentação e de aprovação do Projeto Técnico de Manejo e de Conservação de Solo e Água, para obtenção de Declaração Ambiental atestando a conformidade do projeto e possibilitando a realização de trabalhos de mecanização de solos, compreendendo aração, gradagem, subsolagem, abertura ou conservação de estradas, entre outros, com vistas à renovação ou à recuperação de pastagens e à implantação de lavouras perenes ou temporárias e de outras atividades de movimentação de solo na Bacia de Contribuição do Rio da Prata e do Rio Formoso, nos municípios de Jardim e Bonito.
Além disso, também cria a Câmara Técnica de Conservação de Solo e Água, vinculada à Semagro, tendo como atribuição a emissão de pareceres e de recomendações técnicas acerca do Projeto Técnico de Manejo e de Conservação de Solo e Água. A Câmara será composta por representantes e suplentes da Semagro, Agraer, Imasul, Agesul, Famasul, Fundação MS, Embrapa, Prefeitura Municipal de Jardim, Prefeitura Municipal de Bonito.
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Defesa Sanitária
De 15 de junho a 15 de setembro, fica em vigor o período de vazio sanitário da soja, quando fica proibido o cultivo da leguminosa em todo o Mato Grosso do Sul. A medida tem como objetivo reduzir a quantidade de esporos da ferrugem durante a entressafra diminuindo a possibilidade de incidência da doença.
Mas além de não plantar o grão, os produtores também devem eliminar todas as plantas voluntárias nas propriedades – que são aquelas conhecidas como guaxas ou tigueras. E isso pode ser feito por meio de processos mecânicos ou químicos.
A Medida preventiva é uma estratégia de manejo para reduzir o inoculo nos primeiros plantios, diminuindo a possibilidade de incidência de ferrugem asiática no período vegetativo e, consequentemente, reduzindo o número de aplicações de fungicidas e o custo de produção.
Esse período de 90 dias foi estabelecido considerando que o tempo máximo de sobrevivência dos esporos no ar, que é de 55 dias.
Lembrando que o descumprimento das normas do vazio pode implicar em autuação da Iagro e multa de até mil UFRMS, que é a Unidade Fiscal Estadual de Referência de Mato Grosso do Sul.
Todos os produtores que cultivam soja devem fazer o cadastro obrigatório até o dia 10 de janeiro do ano calendário, sendo que quem perder o prazo estará sujeito a multa de 100 Uferms. A Iagro orienta que cumprir o calendário do plantio reduz o uso de fungicidas e a resistência do fungo, por isso a janela de plantio da soja vai de 16 de setembro até 31 de dezembro de cada ano.
Para sanar quaisquer dúvidas e prestar mais esclarecimentos a Iagro coloca à disposição do produtor o telefone: 0800 647 2788.