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Variedade de maracujá da Caatinga é lançada para cultivo comercial

  • 14 mar 2017
  • Categorias:Geral
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Em comparação com as plantas nativas, a nova cultivar apresenta maior produtividade, tamanho e rendimento dos frutosPor SF Agro

Um fruto da natureza combinado com mais de uma década de pesquisa resultou na primeira variedade de maracujá nativo da Caatinga recomendado para cultivo comercial. O BRS Sertão Forte foi lançado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na terça-feira (07/03), em Petrolina (PE), durante a abertura do I Simpósio do Bioma Caatinga e durante o dia de campo sobre a nova cultivar, do qual participaram dezenas de produtores, extensionistas, representantes de cooperativas, viveristas e agroindústrias.

 

A cultivar é resultado do melhoramento genético realizado na Embrapa Semiárido (Petrolina, PE), em parceria com a Embrapa Cerrados (Planaltina, DF), e foi selecionada a partir de diversos acessos de maracujazeiros silvestres (Passiflora cincinnata) coletados em diferentes áreas de Caatinga, no Nordeste brasileiro. Em comparação com as plantas nativas, ela apresenta maior produtividade e maior tamanho e rendimento dos frutos. Leia também: 6 dicas para ter sucesso no cultivo do maracujazeiro.

 

As vantagens do maracujá do mato

O maracujá do mato, ou maracujá da Caatinga, como também é conhecido, tem vantagens em comparação com as cultivares comerciais de maracujá azedo (Passiflora edulis), a exemplo da maior tolerância ao estresse hídrico, já que é naturalmente adaptado às condições do Semiárido. Ele apresenta ainda um ciclo produtivo mais longo, o que significa que a planta vive e produz por mais tempo no campo, e tem maior tolerância à fusariose, uma das principais doenças que ataca o maracujazeiro azedo.

 

Os frutos do BRS Sertão Forte, quando maduros, têm coloração verde-clara, e pesam de 109 gramas a 212 gramas. A polpa é bastante ácida, própria para processamento, de coloração esbranquiçada ou amarelo-clara, com 8 a 13 °Brix. O rendimento da polpa chega a 50% quando extraída em despolpadora rotativa, e em torno de 35% se extraída manualmente com peneira. “Essa variedade pode ser cultivada com baixo custo tecnológico e com limitação de água. Por isso, é bastante apropriada para a agricultura familiar das áreas dependentes de chuva, com foco principalmente na produção orgânica”, diz o engenheiro agrônomo da Embrapa Semiárido Francisco Pinheiro de Araújo, responsável pelo desenvolvimento da cultivar.

 

Área experimental do maracujá

“É muito fácil cultivar ele”, confirma a agricultora Maria Luiza de Castro, do Projeto Pontal, em Petrolina-PE, onde foi montada uma área experimental do maracujá. Ela faz parte de uma cooperativa que trabalha desde 2011 com o processamento de umbu, outro fruto nativo da Caatinga. Os agricultores viram no maracujá uma boa alternativa para complementar a renda das famílias, e hoje já comercializam produtos como a geleia, calda e mousse, e ainda vendem o fruto in natura.

 

Além de indicado para as áreas com restrição hídrica da Caatinga, o BRS Sertão Forte também apresentou bom desempenho em áreas irrigadas. De acordo com as pesquisas, seguindo as mesmas recomendações técnicas para o maracujazeiro azedo comercial, é possível produzir de 14 a 29 toneladas da variedade por ano.

 

Polinizadores

De acordo com Francisco Pinheiro, a cultivar silvestre tem ainda potencial para ser plantada nas bordas dos cultivos de maracujá amarelo. Isso porque suas flores abrem por volta das 5 horas da manhã, enquanto as das variedades de maracujazeiro azedo abrem no final da manha ou à tarde. Assim, a cultivar silvestre atrai os polinizadores para as primeiras horas do dia e aumenta o tempo e, consequentemente, a eficiência da polinização natural, o que está diretamente ligado ao aumento da produtividade.

 

Além da sua região nativa, a variedade foi testada também no Cerrado do Distrito Federal, onde apresentou boa produtividade em sistemas de produção em espaldeira e latada. O pesquisador da Embrapa Cerrados Fábio Faleiro avalia que “esta cultivar, desenvolvida a partir de uma rica biodiversidade brasileira, vai ser uma opção a mais para os produtores, tanto para diversificar sua produção quanto para melhorar a eficiência da polinização manual do maracujazeiro azedo, que é uma das práticas que demanda muita mão de obra nos cultivos comerciais”.

 

Como plantar

A Embrapa já está disponibilizando as sementes do maracujá BRS Sertão Forte para viveiristas interessados na produção e comercialização de mudas, por meio de edital aberto até o dia 30 de junho. Logo após o licenciamento, a Embrapa divulgará os nomes e contatos desses viveiristas para os agricultores interessados na aquisição de mudas.

 

 

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