Representantes do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile se reuniram na quinta-feira (14) para debater soluções para os desafios enfrentados no Corredor Bioceânico de Capricórnio. A reunião multilateral aconteceu no Cabildo da Província de Jujuy, na Argentina e contou com a participação de autoridades públicas e privadas. A assessora da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) Danniele Paiva, representou o Governo de Mato Grosso do Sul no evento.
No evento, foram discutidos os gargalos identificados pelas consultorias contratadas pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para a elaboração do Plano Mestre Regional de Integração e Desenvolvimento do Corredor Bioceânico de Capricórnio (PM-CBC). Foram destacados 15 desafios para a integração regional, abordando temas como a digitalização de documentos, a padronização de regulamentações e a harmonização dos processos aduaneiros entre os países envolvidos. “A cooperação entre os governos e o setor privado é essencial para tornar o corredor mais eficiente e competitivo”, destacou Dannielle Paiva.
Durante a programação, foram discutidas questões como a unificação dos sistemas de controle migratório, a padronização de lacres e precintos aduaneiros, a digitalização de documentos obrigatórios e a melhoria na infraestrutura para facilitar o fluxo logístico. Também foram debatidos os impactos das diferenças de fuso horário e feriados nos trâmites fronteiriços.
O acompanhamento dos assuntos relacionados ao Corredor Bioceânico de Capricórnio, que vai ligar o Brasil, a partir de Porto Murtinho, aos portos do Oceano Pacífico no Chile, passando pelo Paraguai e Argentina é estratégico para o Governo de Mato Grosso do Sul. Com a viabilização e consolidação do Corredor espera-se um aumento na competitividade do setor produtivo e a ampliação das exportações e importações sul-mato-grossenses e de outros Estados.
A próxima reunião multilateral está prevista para o segundo semestre de 2025, quando serão apresentados avanços e novos desafios para a operacionalização do corredor.
Marcelo Armôa, Semadesc