A Segunda Conferência Latino-Americana de Fenotipagem e Fenômica para Melhoramento de Plantas (II LAPhPB) está com inscrições abertas até o dia 30 de abril para submissão de trabalhos. O encontro, que vai reunir cientistas nacionais, pesquisadores de países latino-americanos e internacionais com expertise na área, será realizado na Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP), de 20 a 22 de setembro.
Os artigos científicos devem ser submetidos pelo endereçohttp://www.cnpdia.embrapa.br/instrumentacao, página onde os interessados vão encontrar todas as informações sobre a conferência e os procedimentos necessários para envio dos trabalhos. O endereço também traz as orientações sobre os formatos e prazos para os interessados em apenas participar do evento, sem a apresentação de artigos.
A conferência é destinada a alunos, professores, pesquisadores, como engenheiros – eletrônicos, mecânicos, agrônomos e materiais -, físicos, químicos, biólogos, fisiologistas, cientistas de plantas, ciência da computação, biotecnologia entre outras áreas, interessados na área de novos métodos de fenotipagem de plantas e fenômica.
À frente da organização da conferência, o pesquisador Paulo Sérgio de Paula Herrmann Jr. diz que a proposta da conferência é dar continuidade a temática que foi abordada no primeiro evento, realizado no Chile, em 2015, e estabelecer as condições propícias para sedimentar no país e na América-Latina a chamada nova fenotipagem ou novos métodos aplicados a fenotipagem de plantas e fenômica (NMFP), que adota procedimentos mais dinâmicos, rápidos e precisos.
A NMFP integra técnicas não invasivas de várias áreas do conhecimento para quantificar as propriedades da planta e da relação com o meio ambiente, tanto no tempo como no espaço. Os novos conceitos incluem o desenvolvimento e aplicação da instrumentação, da informática, da bioinformática, da automação, a fim de possibilitar o melhoramento de plantas em um ambiente em complexa transformação.
O pesquisador explica que os programas de melhoramento de plantas, baseados em métodos tradicionais, como a triagem genotípica, que analisa a interação genótipo x ambiente, em relação a um traço particular, estão necessitando da aplicação dos novos métodos não invasivos e da multidisciplinaridade em função da necessidade da larga caracterização do fenótipo, a estrutura e função das plantas expostas a um ambiente dinâmico e complexo.
Coordenador da Rede Brasileira de Fenotipagem, criada em 2014, Herrmann acredita que o emprego dos novos métodos, o avanço de protocolos comuns, as ferramentas da genotipagem e da agricultura de precisão possam contribuir para reduzir pela metade o tempo entre a pesquisa desenvolvida em laboratório e a introdução no campo, estimado atualmente em 10 anos.
“A avaliação quantitativa das estruturas da planta e suas funções permite a transferência de resultados de pesquisa básica para a agricultura prática e o agronegócio”, afirma.
Vanguarda
Enquanto na Europa, Oceania e América do Norte os novos métodos de fenotipagem de plantas começaram a ser usados no desenvolvimento de culturas de grãos nos últimos 10 anos, na América Latina, importante exportador de alimentos e de matérias-primas, o equivalente ainda não ocorreu. Herrmann comenta que a utilização desse novo conceito em programas de melhoramento de outras espécies é quase inexistente no mundo inteiro.
“Há urgência de avançar com a nova abordagem da fenômica ou da fenotipagem de plantas sobre as espécies importantes na América Latina. Muitas destas espécies incluem grãos, frutas e legumes que atualmente suportam ou podem potencialmente apoiar os mercados de exportação de forma significativa”, diz.
Joana Silva (Mtb 19554)
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