Campo Grande (MS) – No dia da irrigação, Campo Grande sedia o ‘Encontro de Difusão Tecnológica e Sustentabilidade na Agricultura Irrigada da Região Centro-Oeste’ com dois dias de intensa programação e participações de especialistas nacionais e internacionais. O evento tem apoio do Governo do Estado, através da Semagro.
Buscando difundir conhecimentos científicos aplicados e promover a interação entre os diversos atores da região mais AGRO e com maior potencial de crescimento do agronegócio brasileiro a Inovagri e a UFMS, realizaram no Teatro Glauce Rocha (UFMS), um encontro que que em dois dias (14 e 15) tem mesas redondas e palestras, reuniões e encontros comerciais e institucionais, exposição de produtos e serviços empresariais e institucionais tendo como eixos temáticos: O efeito do clima na produtividade e no agronegócio; Uso de coberturas para minimização do défice hídrico; Abertura de áreas em solos arenosos; Viabilidade econômica de irrigação; Inovações Tecnológicas na Engenharia da Irrigação e Drenagem Agrícola; Agricultura Irrigada e Produção Animal; Eficiência Hídrica em Empreendimentos Agropecuários; Agricultura de Baixo Carbono; Agricultura 4.0 e as Novas Oportunidades Profissionais; Sustentabilidade no Agronegócio: Casos que inspiram; Sistemas Integrados de Produção Agropecuária; Fertirrigação e Fertilidade de Solos em Regimes Intensivos de Produção; Tecnologias de mudas e sementes e ainda o Controle de pragas e doenças agrícolas.
O debate e mesa redonda promovidos no primeiro dia, em seguida da solenidade de abertura, contou com a participação do superintendente da Semagro, Rogério Beretta que junto de Lineu Neiva Rodrigues, da Embrapa Cerrados e Fábio Ricardo Marin, da ESALQ, colocaram em pauta os “Efeitos do clima na produtividade agropecuária”.
- Irrigação
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Para a discussão Beretta apresentou – a partir de três áreas em que a Secretaria atua, que são Meio Ambiente; Desenvolvimento econômico; e Ciência, Tecnologia e Inovação – as ações que envolvem o tema em pauta.
O superintendente apresentou a visão do Governo do Estado, os princípios norteadores, e as diretrizes com resultados diretos e indiretos para a sociedade. Dessa forma ele destacou (numa linha do tempo) os programas, os planos e as estratégias de execução, além dos desdobramentos e resultados obtidos até agora e que fizeram Mato Grosso do Sul se diferenciarem do restante dos entes podendo assumir o compromisso de chegar a meta de ‘carbono zero’ para 2030, e não 2050 como o restante.
Ao apresentar os dados sobre uso e ocupação de solo Beretta explica sobre como Mato Grosso do Sul se tornou uma potência agrícola com importantes posições nos rankings de produção de carnes, grãos, florestas e cana-de-açúcar
A evolução da soja e do milho, suas séries históricas e aumento de produtividade foram destacados antes que ele apresentasse as políticas públicas voltadas para a irrigação que envolvem os investimentos em tecnologia para a gestão dos recursos hídricos, com a instalação de um sistema de outorga automatizado desde o pedido até a concessão; a oferta dos dados sobre disponibilidade hídrica de todo Estado através do Portal de Informações e Geoposicionamento, o PINMS e o Manual de outorga de direito de uso dos recursos hídricos
Com 454 pivôs centrais distribuídos em pouco mais de 265 mil hectares a irrigação em Mato Grosso do Sul comemorou importante conquista quando da autorização do CONFAZ para concessão de isenção de ICMS na compra de equipamentos de irrigação, contou Beretta.
Beretta ainda falou sobre o Zoneamento agroecológico e sua importância na ampliação da matriz econômica do Estado, bem como a integração do ZAE com projetos estruturantes da SEMAGRO que são: a rede de Estações Agrometereológicas; o Sistema de Informação do Agronegócio – SIGA/MS; e o Portal de Informações e Geoposicionamento-PIN/MS.
Ao pontuar os gargalos do setor, Beretta abriu para uma ampla discussão que colocou em discussão a rede de distribuição e o custo da energia elétrica, os investimentos em infraestrutura e a reservação de água.
O evento teve sua continuidade no primeiro dia, com as palestras de ‘Uso de coberturas para minimização do défice hídrico e perdas de solo’ que trouxeram ao palco – Elói Panachuki, da UEMS e Rivanildo Dallacort, da UNEMAT. A palestra ‘Irrigando com inteligência em solos arenosos’ apresentada por Fernando Tangerino, da UNESP e a palestra “Manejo agronômico em áreas de abertura e plantabilidade na palha” apresentada por Rafael Leite, da DesafiosAgro.
Michel Rocha da Silva (FieldCrops) pautou a ‘Revolução da Sustentabilidade na Lavoura de Soja no Brasil’ junto de José Eduardo Winck, da FieldCrops.
Nesta quarta, foram discutidas a “Rentabilidade do sistema de produção soja-algodão” que colocou no palco Adão Hoffmann, da AMPASUL e Guilherme William Fengler, do Grupo Brongnoli. A discussão foi finalizada com uma mesa redonda que tratou da ‘Qualidade e certificação de sementes’ e contou com a contribuião de Celso Pess Júnior, da APROSSUL, Mateus Figueiredo Santos e Jaqueline Verzignassi, da Embrapa Gado, tendo com moderadora Mayara Fávero Cotrim, da INOVAGRI.
A partir das 13h desta quarta, acontecem ainda a palestra sobre “Tecnologia embarcada em pivôs centrais” com Gabriel Melo Guarda e Bernardo Gomes Norenberg, da LINDSAY – FieldNET e Zimmatic.
Em seguida a discussão segue sobre “ Irrigação em pastagens” com Eder Pereira Gomes, da UFGD e Luis Armando Zago Machado da Embrapa Agropecuária Oeste e, na sequência, antes da solenidade de encerramento onde serão apresentados os resultados obtidos com a realização do evento, a última palestra que trata a luz da discussão a Viabilidade Econômica de Irrigação em áreas de abertura, com Ricardo Gava, da UFMS/INOVAGRI e Luis Fernando Namba, da BraSOL Energia Solar.
Sobre o evento:
O Instituto INOVAGRI realizou nos últimos 15 anos vários eventos técnicos científicos na área do agronegócio e agricultura irrigada, dentre eles, workshops, seminários e 7 (sete) edições do Congresso International Meeting e uma edição especial realizada no Chile que trouxe significativos ganhos para o setor.
Na comissão organizadora estão Lineu Neiva Rodrigues, da Embrapa Cerrados, na presidência, Fernando Braz Tangerino Hernandez, da UNESP, na vice presidência e Ricardo Gava – UFMS/INOVAGRI, Lineu Neiva Rodrigues – EMBRAPA CERRADOS, Sílvio Carlos Ribeiro Vieira Lima – SEDET, Eusímio Felisbino Fraga Junior –UFU, Joaquim Moreira Viana – INOVAGRI, Fernando Braz Tangerino Hernandez – UNESP, Rodrigo Ribeiro Franco Vieira – CODEVASF, Rivanildo Dallacort – UNEMAT, Fabio Ricardo Marin – ESALQ/USP, José Eduardo Minussi Winck – FIELD CROPS, Michel Rocha da Silva – FIELD CROPS, Pedro Rogério Giongo – UEG, Ana Carina C. Seron – INOVAGRI, Carlos Wassolowski – INOVAGRI, José Alves Júnior – UFG, Adriano Lopes – UEMS, Danilton Flumignan, Éder Comunello e Carlos Ricardo Fietz, da EMBRAPA AGROPECUÁRIA OESTE.
A comissão técnica contou com: Douglas Ribeiro Garcia, Joaquim Moreira Viana Ricardo Gava, Mayara Fávero Cotrim, Joscelia da Silva Cruz, Rogis Rosemberg, Ana Kelliane Silva do Nascimento, Cecília Chaves Vasconcelos, Lucas Calani Seron, Wilian Júnior Fernandes Carvalho e Maria Giulia Hayashi da INOVAGRI e, Daniel Martins da Silva, Paulo Henrique Ferrari Lacerra, Gustavo Lemos Vitorino e Lucas Svirkas, da UFU.
Todas as discussões foram transmitidas pelo canal da Inovagri no Youtube no endereço https://www.youtube.com/c/Inovagri que ficarão disponíveis para visualizações posteriores.
Kelly Ventorim, Semagro