O Governo do Estado intensifica os esforços para mitigar os impactos causados pela estiagem prolongada e pelos incêndios florestais nos assentamentos rurais de Mato Grosso do Sul. No dia 30 de setembro, em Corumbá foi realizada reunião para discutir o Plano de Ações Emergenciais para as comunidades de assentados. Participaram autoridades locais de Corumbá e Ladário, além de representantes estaduais. A reunião foi organizada pela Secretaria-Executiva de Agricultura Familiar, Povos Originários e Comunidades Tradicionais da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
O encontro foi um desdobramento de reunião realizada em Campo Grande, que contou com a participação de representantes estaduais e federais, incluindo deputados, ministros, o governador Eduardo Riedel e o secretário Jaime Verruck, da Semadesc. Em Corumbá, o secretário executivo da Agricultura Familiar, Humberto de Mello Pereira, reuniu-se com o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e Sustentável (CMDRS) para detalhar as medidas que serão adotadas em resposta à crise.
Entre as principais ações anunciadas está o cadastramento das famílias que receberão o Fomento Rural, uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome. Esse programa destinará R$ 4.600,00 por família, em um financiamento não reembolsável, para que possam investir em pequenos negócios, como criação de aves, suínos, hortas e pomares. A expectativa é que mais de 350 famílias em oito assentamentos de Corumbá e Ladário sejam beneficiadas, com um total de 2.600 famílias em todo o Estado.
“Essas ações emergenciais são fundamentais para apoiar os agricultores familiares do Mato Grosso do Sul, garantindo que possam superar os prejuízos e retomar suas atividades produtivas”, comentou o secretário-executivo Humberto Pereira.
Outro ponto abordado foi a renegociação de dívidas, perfuração de poços e apoio durante o período de seca, com destaque para a ampliação do número de famílias atendidas pelo Fomento Rural, que inicialmente contemplaria 1.300 famílias, mas foi ampliado devido à gravidade da situação.
O impacto da estiagem e dos incêndios comprometeu a produção e a disponibilidade de alimentos em várias regiões. Assentamentos como o Santa Mônica, em Terenos, que sofreu danos diretos com incêndios, e o Complexo Santo Antônio, em Itaquiraí, que abriga mais de 3.000 famílias, foram severamente atingidos. Para auxiliar na alimentação das famílias e dos animais, foram distribuídas mais de 800 cestas básicas, 180 toneladas de bagaço de cana e 30 toneladas de DDG, graças a uma parceria com a Biosul.
Marcelo Armôa e Marcia Brambila, Semadesc