A soja guaxa é um risco a ser evitado na fase sem plantio/Agência Brasília
A obrigatoriedade do vazio sanitário é uma prática considerada fundamental para o controle da ferrugem. De acordo com o pesquisador da Embrapa Cerrados e membro do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), Sergio Abud da Silva, um dos problemas que contribuem para a permanência da doença nos campos é a falta de controle da soja guaxa ao longo do período em que o plantio está proibido.
O pesquisador explica que o ideal seria fazer o vazio sanitário e plantar a soja em janelas mais curtas, com produtores semeando as lavouras em datas próximas, o que diminui muito a possibilidade de desenvolvimento precoce da ferrugem. Também é necessário usar os fungicidas recomendados, com uma boa rotação dos ingredientes ativos e aplicados com tecnologia que permita o posicionamento do produto no alvo, principalmente nas partes mais baixas da planta, onde, normalmente, a ferrugem começa.
“Como estamos em momento de instabilidade de chuvas nas regiões produtoras, o plantio ocorreu em períodos diferentes no País. Encontramos a soja em vários estágios de desenvolvimento desde plantas novas até na fase reprodutiva. Isso pode aumentar muito a presença da ferrugem se tivermos condições favoráveis para o desenvolvimento do fungo”.